Febre!

Caçadores de Pokémons tomam conta de Curitiba

Aplicativo virou febre em todo o mundo. Foto: Aniele Nascimento.

Meia hora de caminhada pelo Centro de Curitiba basta para constatar o óbvio: “Pokémon Go” já é febre em Curitiba entre todas as idades. Em menos de 24 horas do lançamento oficial do jogo no Brasil, a reportagem da Gazeta do Povo encontrou Ivo, Bruno, Karolyne, Mariana, Daniel, Lucas, Rafael, Robert, Thiago, Isabella, dois Felipes e Dyonathan que caçavam pokémons na Praça Carlos Gomes, na Rua XV, na Praça Santos Andrade e em ruas laterais da Praça Tiradentes.

A história inusitada do dia é de Thiago Ramon, 27 anos, e Isabella Lins, 20 anos, que saíram do Sítio Cercado pela manhã para vir ao Centro justamente em busca de pokémons e pokébolas. “No meu bairro não tem muito. Viemos passear e aproveitar para pegar alguns pokémons novos”, conta Thiago. A filha pequena do casal participa da caça.

Já o engenheiro civil Rafael Augusto Pinto, 23 anos, mora em Matinhos e veio acompanhar o pai em um exame na capital. Enquanto ele era atendido, Rafael caçava pokémons na Praça Santos Andrade. “Já peguei 32 pokémons. Eu nem moro numa região muito central em Matinhos e tinha muito Pokémon lá ontem. De hora em hora aparecia um novo na minha casa. Nem precisei fazer muito esforço. Agora eu estou caçando em Curitiba”, contou.

Daniel Henrique, 27 anos, também estava na Santos Andrade ao lado de muitos outros que miram (quase) exclusivamente a tela do celular. Ele também já pegou 32 pokémons, mas as conquistas são apenas de hoje. O amigo, Lucas França, começou mais tarde e colecionava apenas 9.

Já o recepcionista Felipe de Andrade, 27 anos, aproveitou o almoço para fazer dois caminhos diferentes em busca dos pokémons. Ele trabalha no Alto da XV e se deslocou até o Centro para aumentar seu nível no jogo. No entanto, somente na primeira caminhada o jogo consumiu 20% da bateria do seu celular. “É bem viciante. Vou voltar pelo outro lado para ver se maximizo minhas conquistas”, explica.

Ivo Baluta, de 30 anos, e Bruno Barbosa, de 21, que trabalham na mesma escola de inglês na Avenida Marechal Deodoro, também caçavam pokémons antes do almoço. “Quando os alunos saíram da sala eles só queriam saber disso. Todo mundo pegou o celular para caçar pokémons pelo Centro”, explica Baluta.

Na Rua XV, as mestrandas em advocacia Karolyne Mendes e Mariana Santos ainda tentavam lidar com a febre. Enquanto conversávamos, uma terceira pessoa se aproximou. Ao que tudo indica, estávamos “em cima” de um dos pokémons. A Gazeta do Povo conseguiu conversar apenas com duas pessoas que olhavam para o celular e não jogavam “Pokémon Go” em meia hora de caminhada. “Não estou jogando agora”, disse uma. “Estou apenas enviando mensagens”, contou outra.