Vida nova!

Após seis meses na rua, família é acolhida e consegue emprego em Curitiba

Jeferson viveu por seis meses na rua após perder emprego em uma vidraçaria. Foto: Divulgação.

Uma abordagem feita no começo do mês de dezembro pela Fundação de Ação Social (FAS) mudou a vida de Jeferson Pereira de Oliveira, 30 anos. Ele foi encontrado pela equipe morando em uma barraca, acompanhado da mulher, na Rua Engenheiros Rebouças, em frente ao Estádio do Paraná Clube, em Curitiba. O casal explicou que estava na rua por causa de uma série de problemas provocados, principalmente, pela crise da covid-19 e que precisava de uma oportunidade. E não é que eles conseguiram?

Após a abordagem da FAS, a equipe encaminhou o casal para fazer documentação e Jeferson para uma entrevista de emprego. Poucas horas depois, ele foi contratado pela empresa que presta serviço para a Prefeitura de Curitiba e, no último dia 4, começou a trabalhar como cuidador na unidade municipal Jardim Botânico, que acolhe pessoas em situação de rua.

Dentre as atividades diárias realizadas por Jeferson está o acolhimento, fornecimento de café aos acolhidos, banho nos idosos e também naqueles que chegam à unidade, mas que não tem condições de fazer a higiene por conta própria.

Contratado com carteira assinada, ele receberá uma salário mínimo regional, mais vales alimentação e transporte. Enquanto o primeiro salário não sai, Oliveira está acolhido em um dos hotéis sociais do município, enquanto a esposa está na Casa da Mulher, unidade da FAS que acolhe mulheres em situação de rua.

“Nos vemos todos os dias, mas assim que meu salário sair queremos alugar um quarto para podermos ficar juntos de novo”, planejou Jeferson.

Jeferson foi encontrado pela equipe morando em uma barraca, acompanhado da mulher. Foto: Divulgação.

Crise e seis meses na rua

Oliveira trabalhava como vidraceiro, mas com a crise provocada pela pandemia da covid-19, acabou perdendo o emprego. Para ganhar dinheiro, foi trabalhar como ajudante de pedreiro. Por causa de um problema com a Justiça, Oliveira precisou abandonar o serviço e a mulher, desempregada não conseguiu manter em dia o aluguel da casa em que moravam. “Ela tentou levantar dinheiro vendendo espetinho de carne e máscaras de tecido”, conta.

Dois meses depois ao retornar para casa, Oliveira não tinha serviço e nem onde morar. “Decidimos que a única saída era ir para a rua”, explica o homem, que viveu com a mulher na rua por seis meses. Neste período, para ganhar dinheiro, o casal vendia balas em dois locais da cidade, um no bairro Capão Raso e outro no Centro. Na hora do almoço costumavam ir à Praça Solidariedade. para se alimentar, tomar banho e lavar as roupas.