Comércio fechado

ACP critica poder público: “leis deveriam ter sido mais duras pra não chegar no decreto”

Comércio fechado no bairro Bacacheri nesta quarta, primeiro dia do decreto. Foto: Gerson Klaina / Tribuna do Paraná

O presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, comparou o momento atual em que vive o comércio paranaense como uma grande batalha. “Estamos em situação de guerra, se não temos bombas destruindo nossos estabelecimentos, temos que ficar fechados, escondidos por 14 dias”, reclamou o líder da entidade sobre o decreto estadual que passa a valer nesta quarta-feira (1º).

Curitiba e mais 133 cidades de sete regionais paranaenses seguirão o decreto do governador Ratinho Jr e adotarão medidas severas para conter a covid-19, com o fechamento de serviços não essenciais por duas semanas. Entre as atividades que não poderão funcionar estão comércio, shoppings, academias, salões de beleza, restaurantes, bares, entre outros.

LEIA MAIS – Veja o que vai tem que fechar no Paraná com o decreto do governo pra conter a covid-19

Turmina enfatiza que ficar fechado por mais 14 dias vai piorar e muito a situação dos estabelecimentos. Entre os efeitos, aponta o presidente da ACP, devem vir demissões e fechamento de lojas.

O dirigente ressaltou que medidas foram discutidas em abril, mas que não foram aplicadas de forma correta e a tempo. “Sentimos na carne a fraqueza das medidas. Lá atrás, em 28 de abril, tivemos uma primeira reunião sobre a situação dos ônibus, rodinhas em bares. Isso tudo era recomendação, mas tínhamos que ter tido lei rígidas, com medidas severas”, defende o presidente. Lembrando que uma das medidas, inclusive, era que os empregadores pagassem o auxílio transporte de forma diferente, incentivando os trabalhadores a usarem o carro próprio ao invés do transporte coletivo. “Estamos há mais de 2 meses insistindo em medidas, só a a ACP parece estar nesta luta”, critica.

Efeitos

Segundo Turmina o momento é ainda mais preocupante para pequenos comércios, que terão que fazer demissões ou até mesmo fechar as portas de vez. “Erros nos levaram a ter que fechar mais uma vez o comércio. Mais empresas vão fechar, quebrar e demitir. Empresários sem recursos e sem ter onde buscar dinheiro. Pequenos negócios estão à bancarrota por causa da má gestão pública”, enfatizou.

VIU ESSA? – Paraná tem novo recorde com mais 1.536 casos positivos e 36 mortes de covid-19

Mesmo com o cenário nada promissor para os comerciantes, Turmina recomenda que sejam buscadas alternativas para tentar reduzir o prejuízo. A ACP orienta os comerciantes a rever despesas, renegociar aluguéis, tentar postergar aquilo que pode ser adiado. “É cruel, como vamos vencer se os clientes não nos veem?”, lamenta.


Precisamos do seu apoio neste momento!

Este conteúdo te ajudou? Curtiu a forma que está apresentado? Bem, se você chegou até aqui acredito que ficou bacana, né?

Neste cenário de pandemia, nós da Tribuna intensificamos ainda mais a produção de conteúdo para garantir que você receba informações úteis e reportagens positivas, que tragam um pouco de luz em meio à crise. Bora ajudar?

Ao contribuir com a Tribuna, você ajuda a transformar vidas, como estas

– Pai vende vende 1000 bilhetes de rifa com a ajuda da Tribuna pra salvar o filho
– Leitores da Tribuna fazem doação de “estoque” de fraldas para quíntuplos
– Leitores se unem para ajudar catadora de papel de 72 anos

E tem várias outras aqui!

Se você já está convencido do valor de sua ajuda, clique no botão abaixo