Curitiba fecha março com queda no desemprego

A taxa de desocupação na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) apresentou queda no mês de março em relação a fevereiro, passando de 8,7% para 8,5%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Ipardes em parceria com o IBGE. Com isso, houve diminuição de 2 mil pessoas desocupadas e procurando emprego, caindo de 128 mil pessoas em fevereiro para 126 mil em março.

A região da grande Curitiba apresentou índice menor que a média calculada para as seis regiões pesquisas pelo IBGE, estimada em 10,8%. A Região Metropolitana de Curitiba só teve índice maior que o apresentado pela região de Porto Alegre (7,9%) e ficou praticamente empatada com a do Rio de Janeiro (8,4%). Salvador foi a região com maior taxa apresentada, fechando o mês em 15,7%, seguida por Recife (14,1%), São Paulo (11,5%) e Belo Horizonte (10,7%).

O número de ocupados em março de 2005 na região de Curitiba foi estimado em 1,349 milhão, apresentando acréscimo de 0,9% quando comparado a fevereiro, ou seja 12 mil pessoas. Em comparação a março de 2004, o acréscimo foi de 7,9%, ou seja, 99 mil pessoas.

PIE e PEA

O número de pessoas com 10 anos ou mais de idade, que fazem parte da População em Idade Ativa (PIA). foi estimado em 2,423 milhões, o que significa que houve acréscimo de 0,2% em relação ao mês de fevereiro. Deste total, 60,8% eram economicamente ativas (PEA), correspondendo a 1,474 milhão de pessoas.

Segundo a PME, a População Economicamente Ativa apresentou variação positiva de 0,6% se comparado a fevereiro, o que indica aumento de 9 mil pessoas no mercado de trabalho. Em relação a março de 2004, explica a diretora do Centro Estadual de Estatística, Sachiko Araki Lira, o acréscimo foi de 7,4%, representando 102 mil pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho.

Sobre a relação entre PEA e PIA, denominada taxa de atividade, a diretora afirma que o resultado foi praticamente igual ao de fevereiro passado (60,6%), ficando em 60,8% em março. Se comparado a março de 2004, continua Sachiko, houve acréscimo de 2,2 pontos percentuais, sendo esta diferença estatisticamente significativa.

Grupos de atividade

Os grupos de atividade que tiveram acréscimo no número de pessoas ocupadas em relação a fevereiro, segundo a pesquisa, foram: ?construção civil? (5,5%), ?intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas? (9,4%), ?administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais? (2,5%) e ?serviços domésticos? (7,1%).

Em comparação a março de 2004, todos os grupamentos de atividade apresentaram aumento no número de pessoas ocupadas, destacando-se: ?indústria extrativa, de transformação e de produção, e distribuição de eletricidade, gás e água? (6,5%), ?construção civil? (22,3%), ?administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais? (6,7%) e ?serviços domésticos? (28,0%).

Os grupamentos ?intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas? e ?comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis? também apresentaram crescimento de 6,5% e 3,6%, respectivamente.

O grupamento ?indústria extrativa, de transformação e de produção, e distribuição de eletricidade, gás e água? apresentou de decréscimo de 5,4% quando comparado ao mês de fevereiro de 2005, enquanto ?comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis? manteve-se praticamente constante quanto ao número de pessoas ocupadas.

Quanto ao número de pessoas ocupadas em março de 2005, o coordenador da PME, Ciro Cézar Barbosa, explica que 73,8% estavam na condição de empregados (996 mil), 19% trabalhavam por conta própria (256 mil) e 5,4% eram empregadores (73mil). Sobre o número de empregados com carteira assinada, Ciro afirma que houve acréscimo de 1,5% em relação a fevereiro e de 12% em relação a março de 2004.

Renda

?Em relação a março de 2004, o número de empregados com carteira assinada teve aumento de 71 mil pessoas?, enfatiza. O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas foi de R$ 951,20 em março, valor 4,4% maior que o do mesmo mês de 2004, quando o valor chegou a R$ 910,92.

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