Crise afetará comércio de soja com a China, diz integrante da CNA

O mercado chinês representa um espaço de cerca de 35% para as exportações brasileiras de soja. De acordo com Carlos Sperotto, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a previsão neste ano era de que os chineses importassem entre 14 e 15 milhões de toneladas de soja, enquanto não recebem o produto dos Estados Unidos, que terá sua safra entre setembro e outubro. Sperotto diz que a atual crise vai afetar o futuro da comercialização da soja brasileira com a China. No momento, porém, de acordo com as regras internacionais de comércio, os exportadores nacionais não estão no prejuízo.

?O pagamento é efetuado na saída do navio. Embarcou, carregou, completou carga, autorizou o pagamento aqui. Todas as vendas são feitas com negociação produto FOB, paga no embarque. Isto significa que o produto não é mais de exportadores brasileiros, mas de importadores chineses, que estão tendo dificuldades para descarregar os seus navios?, informa.

Segundo Sperotto, ?sendo eles donos da mercadoria, não poderão trazê-la de volta, porque o Brasil não é importador de soja. Deverão os donos da mercadoria procurar novos mercados, pois tudo está enquadrado dentro dos padrões internacionais de comercialização e cumpre as exigências previstas no regimento de comércio exterior?.

Para Sperotto, o problema é interno daquele país e ?não cabe ao Brasil resolver os problemas da China?.

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