Crime em Unaí: PF faz buscas em propriedades da família Mânica

A Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Civil de Unaí (MG), cumpriu na manhã desta sexta-feira, dia 24, 14 mandados de busca e apreensão em fazendas, residências e escritórios de pessoas ligadas a família Mânica.

Norberto e Antério Mânica estão presos e são os principais suspeitos de serem os mandantes do assassinato de três fiscais e o motorista do ministério do Trabalho. Os servidores realizavam fiscalização das condições de trabalho nas fazendas da região e foram mortos durante emboscada no início da manhã do dia 28 de janeiro.

As buscas incluíram os escritórios de Odecio Oplet e de Antério Manica. Participaram da operação 51 federais e cinco policiais civis, divididos em 11 equipes. O objetivo da apreensão foi comprovar a possível ligação de Norberto Manica, com outras sete pessoas que estão detidas e são suspeitas de participar do crime.

A Polícia Federal informou que foram apreendidos documentos, agendas, CPUs e discos rígidos de computadores. Na fazenda de Luis Antonio Mânica, foram apreendidos duas espingardas, uma calibre 12 e uma 32, além de uma mira telescópica. O material recolhido seguiu para o edifício sede da Polícia Federal.

Nesta quinta-feira, Antério Mânica prestou depoimento na 9ª Vara Federal de Belo Horizonte. De acordo com informações da Rádio Inconfidência, o fazendeiro e candidato a prefeitura de Unaí, ao contrário de seu irmão Norberto, respondeu a todas as perguntas e negou envolvimento com o crime.

Também disse não acreditar na participação de seu irmão na chacina. Antério disse que o fiscal Nelson José da Silva, um dos servidores assassinados, sempre que ia a sua fazenda aplicava multas, mas que, apesar disso, não tinha motivos para mandar matá-lo.

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