Aquecimento dos mercados agrícola, sucroalcooleiro e construção puxam as vendas de implementos rodoviários nos primeiros quatro meses de 2007. O segmento canavieiro, por exemplo, registrou crescimento de 74,4% sobre as 1.090 unidades adquiridas em igual período de 2006.
?Por conta da elevada demanda, há filas de espera de 60 a 120 dias para entrega dos equipamentos?, conta Rafael Wolf Campos, presidente da ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários. Para o empresário, o crescimento da produção e faturamento do setor em 2007 deverá superar os 12%.
De acordo com o Departamento de Estatísticas da ANFIR de janeiro a abril deste ano, os produtos que mais contribuíram para o excelente resultado do setor no primeiro quadrimestre de 2007, a exemplo do que ocorreu nos primeiros três meses deste ano, foram os das linhas de silos, siders, canavieiros e basculantes.
Considerando por ordem de crescimento, o produto de maior destaque ? mais uma vez – foi o silo (destinado ao transporte de resinas plásticas, açúcar, farinha, cimento e produtos químicos), que registrou vendas de 91 unidades obtendo um desempenho 122% superior ao registrado nos primeiros quatro meses de 2006, quando foram comercializados 41 equipamentos.
As vendas de siders (produto para o transporte de cargas acomodadas em paletes, racks, sacarias e outros) também continuam muito aquecidas. De janeiro a abril deste ano, por exemplo, o mercado absorveu 881 unidades, fazendo com que o segmento conquistasse um crescimento de 82% sobre as 484 unidades de emplacamentos em igual período do ano passado.
O terceiro lugar no ranking de melhor desempenho do setor de implementos rodoviários ficou para os reboques e semi-reboques canavieiros (para transporte de cana inteira ou picada) que já somam 1.901 unidades comercializadas. Com esse volume, as vendas fechadas para as usinas sucroalcooleiras ficaram 74,4% superiores as 1.090 registradas em 2006.
Segundo o presidente da Anfir, o setor que movimenta cerca de R$ 2 bilhões por ano, trabalha com índices de ocupação nas fábricas de 85% e 90% e começa a investir para ampliar a capacidade produtiva e manter o ritmo de entrega dentro do estabelecido com o cliente.
Vendas por segmento
As vendas para o mercado interno de reboques e semi-reboques, por sua vez, registraram crescimento de 30,30%. O setor comercializou 12.271 unidades de janeiro a abril deste ano, contra 9.417 equipamentos em igual período do ano passado.
Mesmo trabalhando com dólar baixo em relação ao real, os empresários da área aumentaram expressivamente suas exportações neste início de ano. As vendas externas do segmento de reboque e semi-reboques, nos primeiros quatro meses de 2007 alcançaram a marca das 1.745 unidades, o que representou crescimento de 45,10% sobre os 1.203 equipamentos exportados no mesmo período de 2006.
O segmento de carroçarias sobre chassi, também, continua em plena expansão. De janeiro a abril de 2007, por exemplo, foram emplacadas 14.610 unidades, o que representou um crescimento de 22,59% sobre as 11.918 unidades emplacadas nos primeiros quatro meses de 2006.
O diretor-executivo da entidade, Mário Rinaldi acredita que a média de pedidos em carteira da indústria de implementos rodoviários continua alta, mas nada que aponte para problemas de desabastecimento. ?Pode ser que exista uma pequena ociosidade na capacidade instalada, porque os nossos associados na sua grande maioria são montadores que dependem de peças de outras indústrias, para apresentar um produto acabado. Pelo que pudemos apurar muitas delas estão trabalhando bastante e investindo na capacidade produtiva, para que o mercado não sofra um desabastecimento, mesmo que a demanda continue crescendo?, assegura.