O número de denúncias de exploração sexual triplicou após o lançamento da Campanha Nacional de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Segundo a assessora da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Maria do Socorro Tabosa, o disque-denúncia,coordenado pela secretaria, recebia uma média de 20 denúncias diárias. Desde o dia 15, data em que campanha foi lançada, esse número tem chegado a 60.
Maria do Socorro conta que também é grande o número de ligações de pessoas buscando informações sobre o tema. "São quase 300 ligações de pessoas perguntado sobre a temática.Isso significa que o objetivo está sendo cumprido, que é de sensibilizar as pessoas para o problema. Muita gente passa por uma criança sendo explorada, ou em um ponto vulnerável para a exploração e banaliza aquela situação. Hoje as pessoas estão ligando, estão se informando e até denunciando".
Com o slogan "Proteja como se fosse sua filha", a campanha tem como foco sensibilizar os caminhoneiros e demais trabalhadores do setor de transportes para o combate a exploração sexual. As ações da campanha tem a participação da Polícia Rodoviária Federal nas estradas de todo o país.
Os agentes foram capacitados para trabalhar com a temática e, desde o início da campanha, mais de 70 crianças e adolescentes encontrados em situação de risco em postos de combustíveis e bares de estrada foram encaminhados às instituições da rede de proteção a meninas e meninos, como os Conselhos Tutelares. As ações seguem até o final do ano.
Maria do Socorro lembra que a exploração sexual é um problema complexo e só pode ser resolvido a partir da ação integrada entre o governo e a sociedade civil. Ela afirma
que a pobreza é um dos fatores responsáveis pela questão.
"Muitas meninas se submetem a exploração sexual para sustentar, prover suas famílias". Segundo ela isso faz com que, além de fortaler as políticas públicas e a rede de proteção para as crianças e adolescentes seja importante também investir em programas de geração de renda para as famílias.
A campanha é uma parceria da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República com a Polícia Rodoviária Federal, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Frente Parlamentar pela Criança e pelo Adolescente, do Congresso Nacional. O número do disque-denúncia é 0800 99 0500.