Crédito fundiário já beneficiou 293 famílias no Sul neste mês

Brasília – O programa Nacional de Crédito Fundiário já beneficiou, de 1º de janeiro até hoje 293 famílias de agricultores no sul do país, com investimentos de quase R$ 11 milhões. Em todo o país, o programa beneficiou 883 famílias, com recursos de R$ 26,45 milhões.

O programa é uma política complementar à reforma agrária clássica e tem por objetivo diminuir a pobreza no campo e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores rurais, com a concessão de crédito para a compra de imóvel e para investimento em infra-estrutura básica e produtiva em áreas não passíveis de desapropriação para a reforma agrária.

O agricultor pode financiar até R$ 40 mil e tem 17 anos para pagar, com juros 1,15% ao ano. Se ele preferir quitar mais rápido a dívida, tem um desconto especial.

O coordenador do Crédito Fundiário do Ministério de Desenvolvimento Agrário, Heitor Lermen, disse que os requisitos básicos para o agricultor ter acesso individualmente ao empréstimo são: ter tido experiência rural nos últimos 15 anos, ter renda líquida máxima de R$ 15 mil anuais e patrimônio máximo de R$ 30 mil.

?Para o acesso coletivo, por associações, esse enquadramento é um pouco mais baixo: R$ 5,8 mil de renda e máximo de R$ l0 mil em patrimônio. Mas nessas propostas de acesso coletivo os incentivos são um pouco maiores e uma parte dos recursos é a fundo perdido?

Segundo o coordenador, no sul do país, por exemplo, o crédito fundiário é de extrema importância para fortalecer e consolidar a agricultura familiar e permitir que o agricultor permaneça no campo em condições de produzir.

?No sul temos 496 municípios, e 409 deles já estão com propostas para requerer o crédito fundiário, o que podemos afirmar que o programa de assentamento está consolidado no estado?, afirma o coordenador.

Segundo ele, o fato mais curioso é que 60% dos agricultores que tiveram acesso ao crédito são jovens de até 25 anos de idade, o que comprova a importância do programa para manter os jovens no meio rural.

O agricultor Ademar Benberg, de 25 anos, pegou o empréstimo para a aquisição de terra e diz que essa é a melhor alternativa. Segundo ele, as condições atuais do país permitem aos jovens condições de ter ?um pedaço de chão? e o programa ajuda nos investimentos.

?Como nossas famílias estão descapitalizadas essa é a melhor opção, porque os juros e os encargos são baixos, são boas as condições de pagamento, e também no meio urbano a vida é fácil está difícil arrumar emprego, então essa é a única saída?.

Segundo o coordenador do crédito fundiário,Heitor Lermen, a meta de beneficiados até o final do ano deve ser definida a partir de um encontro, em março, mas a expectativa é de que 16 mil famílias tenham acesso ao crédito em todo o pais em 2007.

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