CPI vai avaliar depoimentos de assessores

Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas recebeu da Polícia Federal cópias de depoimentos de assessores de parlamentares investigados por suposto envolvimento em fraudes na compra superfaturada de ambulâncias por meio das emendas ao Orçamento Geral da União. O objetivo agora é avaliar os documentos para ter comprovações de envolvimento com as fraudes. O vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou que o material fornecido pela Polícia Federal será analisado pelos integrantes da comissão para verificar se ele deve ou não ser incluído no relatório final.

Jungmann informou que conseguiu e trouxe para a CPI cópias de cerca de 25 depoimentos de assessores que tiveram conversas telefonicas gravadas, negociando emendas e que também tiveram depósitos em sua contas bancárias. "Essas informações obtidas na PF serão juntadas às demais provas sobre o envolvimento ou não de parlamentares no esquema de fraude", disse.

Segundo Raul Jungmann, esse material entregue pela PF será "fundamental" para que se consiga fechar o cerco em relação a vários parlamentares. "Tem gente que está dizendo que nunca ouviu, que não sabe o que é isso e que não conhecia ninguém (lobistas da Planam)", disse o vice-presidente da CPMI. Ele informou, também, que algumas das conversas gravadas de assessores parlamentares sobre negociação de emendas são extremamente comprometedoras.

Em conversa com jornalistas, Raul Jungmann reafirmou que haveria provas contra cerca de 80% dos parlamentares notificados pela comissão. "Quem diz que só tem 30 (provas contra 30 parlamentares), está querendo ligar o forno da pizza. Mantendo a posição que é 80% [dos investigados]. Está provado nos depoimentos prestados e nas provas", afirmou o parlamentar.

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