CPI mista do Apagão Aéreo ‘não é lógica’, diz Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deixou claro, nesta quinta-feira (22), que não apoiará a tentativa de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista (formada por deputados e senadores) para investigar as causas e as responsabilidades na crise do setor aéreo. Calheiros afirma que não seria "lógico recriar" a CPI do Apagão Aéreo, agora envolvendo Câmara e Senado como vem sendo defendido por parlamentares insatisfeitos com o resultado da votação de ontem em que o plenário da Câmara arquivou a instalação da comissão.

O procedimento de criar uma CPI mista vem sendo analisado como forma de viabilizar o funcionamento da CPI e da investigação, caso o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello rejeite a ação em que a oposição pede que o STF ordene à Câmara que instale a CPI. Os deputados alegam que a comissão recebeu o apoio de um terço dos deputados. No plenário da Câmara, o arquivamento da CPI foi aprovado ontem por 308 votos contra 141 e duas abstenções.

Para Renan, não seria "lógico" criar uma CPI mista, "porque, se uma Casa (a Câmara) derruba uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), não tem sentido você fazer uma CPI incluindo nela aquela Casa que derrubou a demanda.

O presidente do Senado se mostrou determinado a não cooperar, também, para a criação da comissão apenas no Senado. Alegou que a idéia "não tem sentido" e afirmou que "as coisas no Senado estão calmas, tranqüilas, serenas, e eu espero que continuem assim".

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