CPI dos Sanguessugas apura fraude com aspiradores para Samu

O deputado Júlio Redecker (PSDB-RS) denunciou a compra por preços superfaturados em quase 50% de um lote de 1.108 aspiradores de secreções destinados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Hoje, de acordo com o deputado, cada aparelho pode ser adquirido por R$ 2 mil. O governo, no entanto, pagou em setembro do ano passado R$ 2.980 por aparelho, conforme notas fiscais em poder da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Sanguessugas. Redecker, que é encarregado pela CPI de investigar o envolvimento do Executivo com a Máfia dos Sanguessugas, disse que apurou pessoalmente o superfaturamento. "É uma malandragem de quase R$ 1 milhão".

O deputado afirmou ainda que descobriu o preço menor depois de averiguar uma nota fiscal de venda de aspiradores de secreção emitida pela Instrumental Científico para o Samu. "Os aspiradores foram adquiridos pelo pregão eletrônico, o que deveria ter barateado o preço deles e não encarecido", afirmou.

Com base no depoimento do empresário Darci Vedoin à CPI dos Sanguessugas, segundo o qual o Ministério da Saúde pagava R$ 122.500,00 por ambulâncias que poderiam ser compradas por R$ 100 mil, Redecker apresentou hoje requerimento de convocação à CPI dos Sanguessugas de Irani Ribeiro de Moura, coordenadora geral de Urgência e Emergência do Ministério da Saúde. Ele quer que ela explique se é verdade que ambulâncias foram compradas pelo Samu com mais de 20% de sobrepreço.

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