Brasília – A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios aprovou uma série de requerimentos de convocação e quebra de sigilo em reunião administrativa realizada hoje (1). Os parlamentares aproveitaram também para votar o arquivamento de mais de 160 requerimentos, entre eles os que pediam a quebra de sigilos de partidos políticos.
Foi aprovado o requerimento de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do ex-procurador da Fazenda Nacional, da Fazenda Nacional, Glênio Guedes, e de seu pai, Ramon Guedes. Em depoimento à CPI dos Correios, Guedes negou ter atuado em favor do empresário Marcos Valério no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN).
Também foi aprovado o pedido de quebra de sigilo da empresa Interbrazil Seguras. A Interbrazil é apontada como uma das empresas que contribuíram para a campanha eleitoral do PT e de outros partidos em Goiânia visando futuros negócios com órgãos públicos. Aprovado ainda o pedido de quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico de Rogério Lanza Tolentino e sua empresa. Tolentino é sócio de Marcos Valério.
Os integrantes da comissão também aprovaram novamente 25 requerimentos de quebra de sigilo relativos à investigação sobre os fundos de pensão. O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), disse que, como algumas corretoras estão apresentando liminares no Supremo Tribunal Federal (STF), os requerimentos foram apresentados com uma fundamentação menos genérica.
A CPMI também aprovou uma série de convocações, entre elas de dirigentes e ex-funcionários do Banco do Brasil. Também aprovou a convocação de Marco Aurélio Prata, contador de empresas de Marcos Valério e de Roberto Marques, assessor do ex-deputado José Dirceu.