CPI dos Bingos faz reunião administrativa para votar requerimentos

Os parlamentares da Comissão Parlamentar dos Bingos participam de reunião administrativa na qual devem ser votados vários requerimentos importantes, entre eles o de convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso.

Segundo a Polícia Federal, em depoimento no dia 27 deste mês, Mattoso assumiu a responsabilidade pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Em nota divulgada à imprensa, ele afirmou que não foi o responsável pela divulgação do extrato. Mattoso foi indiciado pelo crime de violação de sigilo funcional e pode ser condenado de dois a seis anos de prisão.

Segundo o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB) devem ser votados também requerimentos de convocação de pessoas ligadas a bingos e pedidos de quebra de sigilo.

Sobre a acareação de Paulo Okamoto, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresas (Sebrae), e do ex-secretário de Finanças de São José dos Campos (SP), Paulo de Tarso Venceslau, o senador informou que a comissão protocolou ontem à tarde no Supremo Tribunal Federal documento com as informações pedidas pelo ministro Eros Grau.

"Mandamos uma justificativa encaminhando ao ministro todas as informações que foram solicitadas quando da concessão parcial da liminar". O senador afirmou que tem expectativa de que com essas informações a acareação possa ser feita. "Espero fazer na próxima terça-feira".

Em 1997, Venceslau acusou Okamotto de ser o articulador de um esquema ilícito de arrecadação para o Partido dos Trabalhadores (PT). Amigo pessoal de Luiz Inácio Lula da Silva, Okamotto tinha procuração do presidente para gerir suas finanças pessoais durante o período da posse.

Ele diz ter pago, nessa época, uma dívida de Lula com o PT de R$ 29,4 mil, relativos a despesas com viagens custeadas pelo partido, mas se sentiu constrangido de cobrar a dívida do presidente.

Efraim comentou a divulgação, ontem (29), do relatório da CPI dos Correios. "Osmar Serraglio fez um trabalho sério, independente de questões partidárias. Ele não procurou agradar a A ou a B. Procurou o fato verdadeiro". O senador criticou a possibilidade de um relatório paralelo.

"Um relatório de última hora, feito por pessoas muitas vezes que não sabem nem como funciona a CPI, para atender a interesses políticos é ruim para o Congresso Nacional. Espero que isso não aconteça, ou seja, que alguns políticos que participam da CPI tentem transformar a comissão numa pizza".

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