O deputado João Pizzolatti (PP-SC) provável relator da CPI do setor elétrico, na
Câmara dos Deputados, disse há pouco que a comissão deverá investigar também as
transferências de recursos ao exterior, feitas pela Light, e sob investigação da
Polícia Federal. O primeiro item da pauta da CPI, no entanto, será a
investigação da privatização da Eletropaulo, que é o fato determinante da CPI,
que teve seu pedido de instalação apresentado em julho de 2003.
Ele
argumentou que as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre
eventuais irregularidades nas privatizações, no governo passado, não têm relação
com essa CPI, pois ela estava na fila da Câmara, e chegou a sua vez de ser
instalada. Ele manifestou a intenção de concluir os trabalhos no prazo de 120
dias, definido inicialmente para a vigência da CPI, sem necessidade de
prorrogação por mais 60 dias, como permite o regimento.
Pizzolatti
procurou também tranqüilizar o mercado, afirmando que o trabalho será feito com
isenção e sem interferência partidária. "Esse trabalho será feito com extrema
responsabilidade. Onde não houver problema, não mexeremos", afirmou. Pizzolatti
está aguardando a chegada dos demais membros da CPI para realizar a sua
instalação. Ele disse que somente na próxima semana haverá a primeira reunião de
trabalho para definir a pauta de investigação.