CPI do Mensalão: depoimento de Palmieri frustra parlamentares

O ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri, primeiro depoente, desta terça-feira, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, em cerca de quatro horas de depoimento, frustrou a maioria dos integrantes da comissão por causa das respostas "evasivas" e das sucessivas negativas com relação a alguns temas.

Dentre eles, estão a destinação dos R$ 4 milhões recebidos pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) do PT, por meio do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, e o conteúdo da conversa deste com a direção da Portugal Telecom.

Palmieri disse que Valério se apresentou como representante do partido na tentativa de negociação com a direção da operadora portuguesa.

O ex-tesoureiro do PTB afirmou que, por causa da facilidade que eles tiveram em se dirigir à presidência da Portugal Telecom na visita que fizeram a Portugal, o empresário também deveria ter as credenciais de um mandatário do governo brasileiro.

Com as respostas de Palmieri, o deputado Luiz Couto (PT-PB) pediu a acareação dele com Jefferson, autor das denúncias do "mensalão", com Valério e com a diretora-financeira da agência de publicidade SMP&B Comunicação, Simone Vasconcelos. O pedido para a realização de acareação foi muito bem-recebido por outros integrantes da CPI, por considerarem que o testemunho de Palmieri não esclareceu as principais dúvidas da comissão.

Alguns parlamentares mencionaram que o depoimento do ex-tesoureiro se assemelhava, em gênero, número e grau, às declarações do deputado do PTB do Rio.

Palmieri veio à CPI acompanhado do advogado da legenda, Irapuã Messias, o mesmo que fez companhia a Jefferson no depoimento.

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