CPI amplia quebra de sigilo para investigar doações de Valério ao PSDB

A CPI dos Correios aprovou há pouco, por 22 votos favoráveis, a ampliação da quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de todas as empresas de propriedade ou controladas pelo empresário Marcos Valério Fernandes, e por sua mulher Renilda Santiago Fernandes. Decisão anterior da CPI já havia quebrado os sigilos dessas empresas a partir de 2000. A quebra agora, vai abranger informações a partir de 1997.

O requerimento para a ampliação do prazo foi apresentado pelos deputados Jorge Bittar (PT-RJ), Maurício Rands (PT-PE) e pelo senador Sibá Machado (PT-AC). O objetivo é investigar as movimentações financeiras que Valério teria feito em 1998 em favor do PSDB de Minas Gerais, conforme reportagens publicadas na imprensa. A SMPB Comunicação, de propriedade de Valério, já admitiu ter feito doações "não oficiais" a partidos políticos a partir de 1996, mas não esclareceu quem foi beneficiado.

A CPI também decidiu, desta vez por unanimidade, realizar uma nova reunião administrativa na próxima terça-feira às 10 horas.

Ainda hoje a CPI deverá votar requerimento, que está sendo elaborado neste momento por representantes de todos os partidos representados na comissão, para que seja solicitada ao Poder Judiciário a prisão preventiva de Marcos Valério, acusado de ser o operador do esquema do mensalão.

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