Costa defende empresa nacional no setor de comunicações

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, fez nesta quarta, em debate no 24º Congresso Brasileiro da Radiodifusão, a defesa da empresa nacional no setor de comunicações. Para uma platéia de empresários do setor de rádio e televisão, o ministro afirmou que a radiodifusão (rádio e TV) brasileira é representante do capital nacional. Segundo Hélio Costa, a TV digital traz ao setor, no Brasil, o fôlego necessário para competir "com o extraordinário progresso" das empresas de telecomunicações que tem ocorrido no mundo inteiro.

Ele voltou a manifestar preocupação com a diferença de receita entre as empresas de radiodifusão e as de telecomunicações. Segundo o ministro, a previsão para este ano é de que o setor de comunicações como um todo, no País, terá uma receita de R$ 140 bilhões e que apenas 10% desse total serão da radiodifusão. "Se juntarmos todas as emissoras e as redes independentes, no máximo vamos chegar a R$ 14 bilhões, e os outros R$ 126 bilhões ficarão com as companhias telefônicas", disse Costa.

Ele chamou atenção para o fato de que, com a convergência tecnológica – que unifica os serviços de televisão, telefonia e internet -, é preciso discutir como a radiodifusão vai interagir com as telecomunicações sem perder espaço, "sem ceder um centímetro" de sua posição. O ministro deixou claro que a sua intenção não é a de manifestar posição contrária a qualquer investimento que se faça no País. Lembrou, no entanto, que já defendeu junto ao presidente da República a criação de uma grande empresa nacional de telecomunicações para "competir com os grandes grupos que têm vindo de fora". Costa disse que essa idéia tem a simpatia do governo.

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