“Corte de 0,25 ponto na Selic contradiz PAC”, diz Serra

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), disse nesta quinta-feira (25), em entrevista coletiva sobre o corte de 0,25 ponto porcentual do Banco Central que baixou a taxa básica de juros (Selic) para 13% que "é contraditório para qualquer estratégia de crescimento da economia". "O corte do juros pelo Banco Central contradiz as intenções do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)", opinou

De acordo com Serra, o País continua a ter os juros mais elevados do mundo em termos reais e colabora "para a hiper valorização do câmbio", comprometendo assim a atratividade dos investimentos privados. "Juros são mais importantes para o crescimento do que qualquer outra variável do Brasil. A área tributária tem peso, mas juros e câmbio são essenciais para se definir a rentabilidade do investimento", comentou

O Banco Central erra, na visão do governador, ao manter um ritmo de corte menor da Selic. "Não há nenhum sinal de pressão inflacionária e há, pelo Banco Central, um erro de economia, de análise e de decisão. Não foi uma decisão técnica, mas errada", opinou

Para Serra, a autonomia operacional do BC não pode ser evocada para distinguir o corte de 0,25 ponto porcentual em descompasso com o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de aceleração do crescimento econômico. "Me recuso a fazer essa separação (autonomia do Banco Central e Governo Federal). Os diretores do Banco Central são nomeados pelo presidente da República e, em último caso, é o presidente quem responde pela política de juros. Não se pode criar uma figura misteriosa(o Copom), para se estabelecer os juros no País.

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