Consumo de energia no País sobe 4,3% em agosto

O consumo de energia no País registrou crescimento de 4,3% em agosto, ante o mesmo mês em 2005, totalizando 28,977 mil Gwh, divulgou nesta terça-feira (17) a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo a EPE, este foi o maior nível de crescimento observado desde abril. O consumo no segmento industrial cresceu 3,8% e o consumo em residências, 3,4%. A classe comercial ficou acima da média nacional, com taxa de 6,4%, seguida pelo agregado "outras classes" (composto pelo consumo rural, poder público e iluminação pública) (5,2%).

No balanço acumulado do ano, entre janeiro e agosto, o consumo total de energia apresenta crescimento de 3,9%. O segmento comercial e o agregado "outras classes" (composto pelo consumo rural, poder público e iluminação pública) ficaram acima da média nacional, com 4,1% e 4,4%, respectivamente. A classe industrial cresceu 3,8%, e a residencial, 3,6%. No período, o consumo industrial nacional de energia elétrica totalizou o montante de 102,060 mil GWh, representando 44,5% do mercado total. O avanço verificado contra o mesmo período de 2005 foi de 3,8%.

Indústria

A classe industrial, que representou 45,8% de toda a energia elétrica consumida no País no mês de agosto, registrou expansão de 3,8% sobre o mesmo período em 2005.

Na região Sudeste, o consumo das indústrias acumulou o montante de 7,218 mil GWh em agosto, representando 54,4% da energia total fornecida ao setor. O crescimento nesse mês foi de 3,1%. Entre os Estados da região, São Paulo e Espírito Santo aparecem com os aumentos mais significativos, em torno dos 5%. No Rio de Janeiro a expansão do consumo se deu no patamar de 3%, tendo como destaque positivo o desempenho do ramo químico.

Segundo a EPE, a evolução no mês de agosto foi influenciada pelos mercados das regiões Norte e Sul, que cresceram 9% e 5%, respectivamente. No Norte, a elevada taxa reflete, em grande parte, o consumo mais baixo contabilizado em agosto de 2005. Já no Sul, observou-se um aumento no nível do consumo no Rio Grande do Sul, que anotou seu melhor resultado mensal do ano, com crescimento próximo dos 8%.

Comércio

A classe comercial, que representa 15,2% da eletricidade demandada no país, teve alta acima da média nacional, com taxa de 6,4%. O destaque foi para a região Sudeste que cresceu 7,1% sobre agosto de 2005.

Somente o Estado de São Paulo consolidou uma expansão de 9%, onde se observou forte influência de temperaturas mais elevadas no final de julho e início de agosto (período coberto pelo faturamento do mês) nas cidades de São Paulo, Campinas e Sorocaba.

Residências

A classe residencial, com representação de 23,9% do faturamento nacional, elevou em 3,4% o consumo ante o mesmo mês do ano passado. A região Sudeste apresentou tendência de alta, com crescimento de 3,7%, enquanto o Centro-Oeste registrou demanda 6 1% superior. Nesta região, sobressaiu-se o Estado do Mato Grosso com aumento de quase 15%. Segundo a EPE, este aumento se deve em grande parte à ocorrência de temperaturas mais elevadas em julho e agosto. Já no Sudeste, o Espírito Santo obteve um acréscimo de 9% sobre agosto do ano passado, enquanto São Paulo consolidou crescimento na casa dos 5%, na mesma comparação.

A EPE informou também que, ao final de agosto, o número de unidades consumidoras residenciais atendidas pelos agentes distribuidores alcançou o total de 49,8 milhões, com crescimento de 4,1% ante agosto de 2005. O aumento líquido de contas residenciais no período de um ano totalizou 1,9 milhão, indicando uma média de 163 mil novas ligações por mês.

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