São Paulo – As consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) caíram 18,1% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e 10,51%, na comparação com o mês anterior. Os dados foram divulgados hoje (17). O número de consultas tem uma relação direta com as vendas a prazo.
Na avaliação da empresa, a queda se deve ao número reduzido de dias úteis no mês, em função da seqüência de feriados, à falta da uma política de preços definida para o agronegócio e ao endividamento do setor.
Para o SPC Brasil, o reajuste antecipado de R$ 350 do salário mínimo, que passou a valer em abril, não foi "forte o suficiente para permitir que o consumidor inadimplente se livrasse das restrições de crédito para comprar". Tanto que, em abril, as exclusões de registros de inadimplência foram 1,53% inferiores ao do mesmo mês de 2005. Na comparação com março, a queda foi de 13,56%.
Já o número de inclusões de registros cresceu 2,16% em abril, quando se leva em conta o número registrado em abril de 2005. Na comparação com março, no entanto, apresentou uma queda de 9,85%.
A expectativa do SPC Brasil era de que houvesse um aumento de reabilitações de crédito em abril, pois "estávamos às vésperas do Dia das Mães e o varejo estava favorecendo o consumidor com programas para sair do SPC e poder comprar novamente". A empresa ponderou, no entanto, que apenas os relatórios de maio devem captar o efeito na renda do trabalhador do aumento do salário mínimo.