Conselho da Agricultura Familiar cria Câmara Técnica de Produtores de Mel

O Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf) aprovou a criação da Câmara Técnica do Complexo Apícola. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (30) durante a 12ª Reunião Ordinária do Cedraf, realizada na sede da Emater, em Curitiba.

Segundo o vice-governador e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, a iniciativa vem ao encontro dos interesses dos agricultores familiares que se dedicam à produção de mel e derivados. ?A organização do segmento possibilita um maior crescimento da atividade e garante a conquista de novos mercados, já que a apicultura paranaense se destaca pela qualidade dos produtos?, disse.

O médico veterinário do Departamento de Economia Rural (Deral), Roberto de Andrade Silva, lembrou que a Câmara será um espaço permanente onde todos os envolvidos na cadeira produtiva do mel vão poder debater, discutir e buscar soluções para os problemas enfrentados pelo segmento. ?O próximo passo é definir e formalizar a participação dos membros da Câmara. Dentro de 90 dias, no máximo, ela já vai estar funcionado?, disse.

Para o presidente da Federação de Apicultores do Paraná (Fepa) e da Associação de Apicultores do Oeste do Paraná (Apioeste), Lothario Lohmann, a criação da Câmara Técnica é uma antiga reivindicação dos agricultores familiares do estado, que se dedicam iá produção de mel e derivados. ?A iniciativa significa uma volta por cima da apicultura paranaense?, disse.

Segundo Lohmann, a Câmara vai possibilitar um maior entrosamento entre a classe produtora e o Governo do Estado. ?Precisamos do apoio do Governo para a atividade continuar crescendo?, afirmou. Ele lembrou que os últimos incentivos ao setor ocorreram na primeira gestão do governador Roberto Requião, em 1993, quando os produtores receberam equipamentos indispensáveis à atividade, como cilindro e centrífugas.

Fundada em 1992, no município de Marechal Cândido Rondon, a Apioeste reúne 25 produtores. Segundo o presidente da Associação, o número de participantes deve crescer em breve. ?Assim que criarmos uma cooperativa, vamos reunir mais produtores. Também, precisamos melhorar a nossa área de processamento do mel e ampliar a estrutura de beneficamento. Com essas medidas, com certeza, vamos atrair um maior número de participantes?, afirmou.

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