Conferência contra guerra reúne 20 mil pessoas no Gigantinho

Cerca de 20 mil pessoas acompanharam hoje a conferência “Contra a Militarização e a Guerra”, realizada no ginásio Gigantinho, dentro da programação do III Fórum Social Mundial. A informação é da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.

Os conferencistas apresentaram argumentos de repúdio à guerra dos Estados Unidos contra o Iraque e conclamaram o povo brasileiro a se juntar à luta de movimentos populares contrários à guera, que se espalham pelo mundo, inclusive nos Estados Unidos.

A norte-americana Medea Benjamin, líder do Movimento Anti-Guerra nos Estados Unidos, falou sobre a difícil luta contra o conflito no Iraque dentro território norte-americano. Ela disse que sai com esperança do III Fórum Social Mundial e que agradece aos brasileiros por sua mensagem de otimismo contra o domínio do imperialismo. “Nosso movimento social tem que aprender com vocês a passar da marginalização à liderança. Infelizmente, não temos nos Estados Unidos um partido de trabalhadores, nem movimentos populares de massa”, lamentou.

Medea Benjamin é ativista de direitos humanos e disse que veio ao Brasil com uma mensagem que tem um grande sentido de urgência. “Temos muito pouco tempo para montar uma resposta eficaz no mundo contra a guerra contra o Iraque”, afirmou. Segundo ela, a deflagração da guerra é inevitável e independerá do relatório que os inspetores das Nações Unidas levarão ao presidente norte-americano George W. Bush, na próxima segunda-feira. “O relator está sendo pressionado e seu relatório certamente será ambigüo. Mesmo assim, na terça, quando Bush for ao Congresso, seu pronunciamento será pela guerra”, disse. A guerra, segundo Medea, tem data marcada e começa no dia 15 de fevereiro porque é quando as condições climáticas favorecem um ataque norte-americano.

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