Confecções do Paraná ganham programa de capacitação

O governo do Estado, o Senai-Nacional e a Associação Paranaense da Indústria Têxtil e do Vestuário (Vestpar) firmaram nesta segunda-feira (01) um convênio para o repasse de R$ 349 mil para o programa de ?Capacitação em Gestão de Negócios de Moda?. O programa vai atender as indústrias de confecção do Norte do Paraná. O programa visa aumentar a competitividade das indústrias de confecções dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) de Cianorte, Maringá e Londrina, região conhecida como ?Corredor da Moda?.

Segundo o coordenador estadual de Desenvolvimento Industrial e Comercial, Noé Vieira dos Santos, cerca de 60 empresas serão envolvidas para a formação de até 40 gerentes de negócios de moda. ?Através de cursos de capacitação, temas como planejamento estratégico, criação de produtos e comercialização serão desenvolvidos já a partir deste mês?, afirma. Ainda de acordo com o coordenador, a intenção é também corrigir deficiências técnicas e de gestão das empresas paranaenses visando o aumento nas exportações.

Para a viabilização financeira do programa, a Secretaria da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul (Seim) vai repassar recursos da ordem de R$ 115 mil e a Vestpar entra com R$ 168 mil. O Senai-Nacional inicialmente destina R$ 66 mil ao programa, de um total de R$ 115 mil previstos para uma segunda fase do programa onde o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) também entra como parceiro.

Pólo

Hoje, o Paraná é o segundo maior pólo industrial de confecção do país registrando uma produção de 150 milhões de peças por ano, com faturamento anual de R$ 2,8 bilhões. Em todo o Estado, existem 4.200 empresas de confecção, a maioria delas de micro, pequeno e médio portes. O setor também é responsável por 100 mil empregos diretos e 250 mil indiretos no Paraná.

Caracterizada como ?Corredor da Moda?, a região Norte paranaense oferece 15 mil lojas varejistas de confecção, mil lojas atacadistas e 16 centros atacadistas e de pronta-entrega.

Para o coordenador estadual de Assuntos Internacionais e do Mercosul, Santiago Gallo, o setor precisa receber qualificação para ser mais voltado à exportação. ?As empresas precisam afinar a sua produção para o mercado externo?, conclui.

Representante da Associação dos Confeccionistas de Cianorte, Rosane Bacol afirma que já existe uma visão dos empresários para o mercado externo. ?Falta mais infra-estrutura. A ajuda do governo em promover capacitação é valiosa e vital para nosso setor?, acrescenta.

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