Comissão técnica custa R$ 900 mil por mês ao Santos

Os números impressionam: 25 integrantes que custam aproximadamente R$ 900 mil por mês. Essa é a comissão técnica do Santos. O clube não revela os valores oficiais, mas só Vanderlei Luxemburgo ganharia cerca de R$ 500 mil. Se nem toda a comissão foi levada para a Vila Belmiro por ele, este é o caso dos profissionais mais bem pagos, como o preparador físico Antônio Mello, o médico Joaquim Grava, e o fisioterapeuta Nilton Petrone o Filé, o último a chegar. Isso sem contar o preparador de goleiros Mococa, os auxiliares Serginho Chulapa e Nei (ex-zagueiro do Bragantino, campeão paulista de 1990 sob o comando de Vanderlei Luxemburgo) e o supervisor de futebol, Luiz Henrique Menezes, no clube desde 2004.

"Estou sempre à procura de alguma novidade para fazer Marcelo (Marcelo Teixeira, presidente do Santos) gastar um pouco mais de dinheiro", disse Luxemburgo, em tom de brincadeira, no mês passado, quando o Santos inaugurou o seu centro de fisioterapia e reabilitação de atletas, o Cepraf.

Na sua primeira passagem pelo Santos, em 1997, quando o clube era dirigido pelo chamado "grupo de Pelé", com o presidente Samir Jorge Abdul-Hak, Luxemburgo deu idéias e acompanhou o início das obras do CT Rei Pelé, graças à venda de Giovanni ao Barcelona, da Espanha. Em 2004, o tempo foi curto demais para que Luxemburgo prosseguisse em seu projeto expansionista, porque logo após a conquista do Brasileiro ele se mandou para o Real Madrid. Além disso, havia carência de recursos.

Luxemburgo chegou pela terceira vez ao clube em dezembro de 2005. Estava cheio de idéias depois da experiência na Espanha, e encontrou o Santos endinheirado em razão dos US$ 30 milhões que entraram nos cofres com a transferência de Robinho para o próprio Real Madrid.

O técnico coordenou a construção do hotel Recanto dos Alvinegros e a modernização do complexo Modesto Roma, com destaque para o Cepraf, construído com o objetivo de disputar, com o São Paulo e seu Reffis, a atenção de atletas importantes em processo de recuperação. Do numeroso quadro de assessores de Luxemburgo, o preparador físico Antônio Mello pode ser considerado o mais importante, tanto que o acompanha há mais de dez anos, enquanto outros, como Oswaldo de Oliveira, Alexandre Gallo e Paulo César Gusmão partiram para a carreira independente.

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