Cindacta-1 ficou sem contato com outros dois aviões

Os advogados dos controladores de vôo afastados após o acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy alegaram ontem que seus clientes não procuraram outros aviões para fazer uma triangulação na comunicação via rádio e falar com os pilotos americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino porque não havia outras aeronaves na região no período que antecedeu o acidente. Disseram ainda que, antes do choque, não se preocuparam em chamar o jato na freqüência de emergência pois achavam que ele estava na altitude estipulada no plano de vôo – 36 mil pés, a partir de Brasília.

Os advogados informaram ainda que, naquele dia, 29 de setembro, o centro de Brasília (Cindacta-1) ficou sem contato com duas aeronaves – uma da espanhola Iberia e outra da TAM – que faziam trajetos próximos do percorrido pelo Legacy. Na época da tragédia, o governo garantiu que a comunicação do Cindacta-1 com outros aviões no dia do acidente tinha sido normal, com exceção do jato pilotado pelos americanos.

Mesmo assim, logo após o choque, um cargueiro da empresa americana Polar Air ajudou o Legacy a pousar na Base Aérea da Serra do Cachimbo. Um porta-voz da empresa disse ao jornal O Estado de S. Paulo, dias depois do acidente, que, ao ouvir o pedido de socorro do Legacy, a tripulação do cargueiro conseguiu via rádio, guiar os pilotos americanos até o pouso. O avião também sobrevoava a selva amazônica, mas estava a 32 mil pés.

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