Chopinzinho desenvolve pólo de pedras preciosas

Lideranças da região Sudoeste participaram do Encontro para a formação do Pólo de Desenvolvimento Tecnológico de Chopinzinho, no segmento de pedras preciosas. Quinta-feira  (19/5), autoridades e convidados visitaram as jazidas de extração de pedras que recebem os processos de martelação, lapidação e confecção de jóias e ornamentos geralmente em municípios gaúchos.

Luciano Cordeiro de Loyola, geólogo da Mineropar, ressaltou, durante as visitas que a região foi beneficiada pela formação de camadas de rochas vulcânicas que com seus fluídos em contato com o Cromo e o Ferro geraram as colorações internacionalmente valorizadas da Ametista. "As pedras foram se formando ao longo de 60 milhões de anos". Já o prefeito de Chopinzinho, Vanderlei  José Crestani fez questão de enfatizar os diferenciais dos produtos retirados em Chopinzinho: "São pedras com brilho e coloração mais forte, ao nível das extraídas no Uruguai", detalhou reconhecendo a visão e incentivo do vice-presidente da Fiep, Cláudio Petrycoski.  

O município de Chopinzinho conta com 23 garimpos, tendo quatro em plena atividade, na região da Ponte Alta e Passa Quatro.  Porém tanto prefeitura quanto Mineropar, Sistema Fiep, Senai, Sebrae e demais organizações estão realizando amplo esforço para aumentar a formalização da atividade, algo que envolve contato com profissionais da área e um trabalho de esclarecimento e adesão da comunidade.

Carlos Roberto  Bazanela, presidente da Associação Comercial e Industrial de Chopinzinho diz que foi percebida a valorização imobiliária das áreas de garimpo e pagamento pelas pedras o que, por conseqüência, trará mais circulação de dinheiro no mercado. "A idéia é garantir geração de empregos aqui, com a transformação dos produtos extraídos no próprio município."

A geração de renda é percebida na propriedade de Donival Pedroso de Lara, na localidade de Passa Quatro. Em três meses de atividade ele retirou 70 toneladas de ametistas numa área de 650  metros quadrados que lhe renderam cerca de R$3,00 por quilo de pedra bruta, vendida a compradores gaúchos.

O diretor regional do Senai Paraná, Carlos Sérgio Asinelli já acena a possibilidade de uma escola para martelação e lapidação de pedras, utilizando a experiência das escolas técnicas instaladas no Rio Grande do Sul e São Paulo. "Percebemos o interesse do município de Chopinzinho. Aliás foi o primeiro a encaminhar projeto para o Senai, em 2005. O desenvolvimento, neste segmento, pode surpreender e acontecer mais rapidamente pelo conhecimento e experiência do Senai em outras regiões do país."

À tarde, cerca de 90 pessoas participaram na sede da Associação Comercial e Empresarial de Chopinzinho – ACEC -de palestras técnicas sobre planejamento estratégico do Senai na área, exploração de jazidas, impactos ambientais, beneficiamento de mercado, formação técnica de mão-de-obra, lapidação e designe em jóias.

Vitor Tioqueta, consultor do Sebrae envolvido na iniciativa diz que o projeto está sendo apoiado desde a legalização das minas até o processo de lapidação das pedras. "É uma forma de apoiar iniciativas que inibam a evasão de recursos do município."

Na abertura do encontro o vice-presidente da Fiep, Cláudio Petrycoski citou o exemplo do norte italiano ressaltando que uma das principais bases de transformação de uma comunidade é o seu capital social. "Estar juntos e integrados num objetivo comum é um passo decisivo para uma iniciativa que tem significativa chance de alcançar o sucesso que os envolvidos esperam."

Entidades parceiras no projeto: Prefeitura Municipal de Chopinzinho, Associação dos Garimpeiros e Lapidadores de Chopinzinho – Aglac; Sistema Fiep – Coordenadoria Regional, Senai Paraná, Senai Rio Grande do Sul, Sebrae Paraná, Unicentro, Faculdade Palas Atena, Cefet, Associação das Mulheres Rurais, Associação dos Artesãos de Chopinzinho e ACEC.

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