China anuncia retomada de diálogo nuclear em fevereiro

As conversações internacionais sobre os programas nucleares da Coréia do Norte serão retomadas na próxima semana, afirmou hoje a China, no momento em que Washington e Pyongyang começam uma nova rodada de reuniões para discutir as supostas transações financeiras ilícitas da Coréia do Norte.

A última rodada de conversações sobre armamentos, com a participação de seis países, em dezembro – que aconteceu logo após o teste nuclear norte-coreano de 9 de outubro – não obteve nenhum avanço em convencer Pyongyang a se desarmar e os negociadores não haviam fixado uma data para retomar o encontro.

A duração das discussões sobre questões nucleares que começam em 8 de fevereiro "vai depender dos progressos obtidos durante as conversações", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Jiang Yu. O primeiro-ministro japonês advertiu hoje que a Coréia do Norte poderá enfrentar conseqüências se as conversações não produzirem resultados.

"Se as conversações com os seis países não produzirem resultados a pressão internacional sobre a Coréia do Norte vai aumentar", disse o primeiro-ministro Shinzo Abe, em Tóquio. "Será a Coréia do Norte que estará na situação mais difícil." A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse que o objetivo principal seria dar "passos significativos" para implementar o acordo entre a China, o Japão, a Rússia, os Estados Unidos e as duas Coréias.

Enquanto isso, um funcionário do Tesouro dos Estados Unidos que está em Pequim para negociações com a Coréia do Norte sobre as supostas transações financeiras ilícitas feitas por este país, disse estar "esperançoso" quanto a conseguir progressos nesta questão. O vice-assistente do secretário do Tesouro, Daniel Glaser, deve se encontrar hoje com seus colegas norte-coreanos para conversar sobre as restrições financeiras impostas por causa dos supostos contrabandos e adulterações de Pyongyang.

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