Centrais criam nova confederação para o setor têxtil

São Paulo – Sindicatos de trabalhadores da indústria têxtil, de couro e de artefatos de couro de todo o País ligados às três maiores centrais sindicais do País – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT) – criaram hoje (21) a nova Confederação Unitária Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Têxtil, Vestuário, Couro, Calçados e Afins

Em assembléia realizada em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, os sindicalistas estabeleceram que a entidade representativa será presidida por Eunice Cabral, também presidente do Sindicato das Costureiras do Estado de São Paulo, vinculada à Força Sindical

De acordo com o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves o Juruna, a nova Confederação Única foi criada para que os trabalhadores do setor sejam desvinculados da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNTI), seguindo mesmo movimento dos sindicatos de metalúrgicos, gráficos e de trabalhadores do setor de alimentação

Até julho do ano passado, a CNTI era uma confederação independente das centrais sindicais. Mas como o seu presidente, José Calixto Ramos, decidiu criar em conjunto com outras organizações a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), as demais centrais decidiram, em represália, abandonar a CNTI e reorganizar os sindicatos em uma nova confederação

"A vantagem da nova Confederação Unitária Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Têxtil, Vestuário, Couro, Calçados e Afins está na busca de adoção de políticas direcionadas a este setor, que antes se perdiam no conjunto de reivindicações da CNTI", explicou Juruna. "Com a arrecadação procedente do imposto sindical, a Confederação terá condições de desenvolver atuação em benefício direto dos trabalhadores deste segmento.

A Confederação Unitária Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Têxtil, Vestuário, Couro, Calçados e Afins depende de aprovação de registro no Ministério do Trabalho e Emprego

Segundo Juruna, nos próximos meses um movimento similar será organizado pelas centrais sindicais para estabelecer novas confederações de trabalhadores da construção civil e das indústrias química e de plásticos, também deixando a CNTI.

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