Cenário provável

Petróleo a US$ 40 o barril até o final do ano? Parece impossível numa escalada que em duas ocasiões, nos últimos doze meses, elevou esse custo acima dos US$ 50. É bom esclarecer que tal perspectiva é desenhada pelo deus mercado, essa entidade todo-poderosa que faz e desfaz, não raro cometendo equívocos piramidais.

Analistas e especialistas do setor – esse é o perigo – afirmam que os preços do óleo devem se estabilizar nesse patamar inferior, pela desaceleração do crescimento da economia global e a formação de estoques na Ásia, região que apresenta os maiores índices de consumo de petróleo.

Estabelecido o equilíbrio entre oferta e demanda de petróleo, situação provável a partir de 2006, a cotação internacional do produto poderá cair um pouco mais, para a casa dos US$ 35 o barril, aí se sustentando ao menos por doze meses.

Segundo o cenário analisado, as pressões altistas sobre o petróleo estão chegando ao fim, depois de três anos de aquecimento gerado pela agressiva demanda de combustível fóssil do Sudeste asiático. Nem a intenção dos países produtores de reduzir a produção da commodity fez-se sentir nos preços.

O resultado mais esperado pelo consumidor brasileiro será a queda efetiva dos preços da gasolina, diesel, álcool e gás de cozinha, tendo em vista o alinhamento da Petrobras com o mercado internacional. A alternativa seria a manutenção dos preços como estão, para elevar o superávit primário, no caso, a pior das opções.

Voltar ao topo