Cenário aflitivo

Os ministros e dirigentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), pelo visto, até esse momento não se deixaram impressionar pela eloqüência dos apelos do presidente George W. Bush e dos governos europeus, quanto à necessidade imediata do cartel determinar o aumento da produção de óleo.

Nos meios internacionais, contudo, a reação mais aguardada da Opep é o corte da produção, tendo em vista as evidências do aumento dos estoques de petróleo nos países industrializados e a queda da demanda.

O quadro que já não é otimista poderá ficar ainda mais aflitivo, caso as condições econômicas do mercado globalizado se agravem com a crise norte-americana. Tanto é verdade, que a Opep convocou uma reunião para debater com os representantes dos 13 países filiados, se aumenta ou diminui a produção. Para os especialistas no mercado de petróleo, esse dado confirma a expectativa de uma temporada muito difícil para o cartel.

 As maiores pressões para o aumento da produção do combustível partem dos Estados Unidos, China e Oriente Médio, mas podem recrudescer com o aumento da demanda nos países em desenvolvimento.

Os analistas checam a todo instante o andamento de projetos de produção de petróleo fora da Opep, sobretudo na África e na América Latina. Todavia, não se sabe ainda se a produção estimada será suficiente para causar impactos no mercado.

Nos primeiros dias do ano, a cotação do barril de petróleo leve na Bolsa Mercantil de Nova York chegou a US$ 100,09, embora no meio da semana já tivesse recuado para US$ 90,99, configurando os constantes solavancos de um cenário de explosiva volatilidade.

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