CBF quer rediscutir forma de disputa das Eliminatórias

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, espera o fim das Eliminatórias Sul-Americanas para se reunir com seus pares da Conmebol a fim de traçar os planos da próxima disputa classificatória para a Copa do Mundo de 2010.

A CBF admite que o período de dois anos decompetição é muito longo e desgastante para todos os envolvidos, e pensa em trabalhar uma mudança.

Ricardo Teixeira lembrou, no entanto,que o Brasil tem apenas um voto no colegiado Sul-Americano, e quetalvez seja difícil convencer os parceiros da necessidade de alterar o sistema da disputa.

"Mesmo sendo contrário inicialmente à idéia destetipo de disputa, sobretudo para o campeão, fui convencido na época por representantes da Alemanha que o Brasil deveria disputar as Eliminatórias-2006. Os alemães sofreram após a Copa de 90, quando foram campeões, pois não disputaram a vaga para o Mundial de 1994 e tiveram dificuldades para trabalhar o time", comentou.

É a primera vez que o Brasil disputa uma eliminatória após ter ganho o Mundial anterior. Em 98, o time nacional comandado por Zagallo chegou soberano na França por ter obtido o tetra nos Estados Unidos, quatro anos antes. A preparação do time naquela época resumiu-se a amistosos internacionais, que nem sempre rendiam o que a comissão técnica esperava.

A Fifa não pensa em alterar esse método para 2010. Mesmo se o Brasil conquistar o hexa na Alemanha, a Seleção terá de disputar novas eliminatórias para a África do Sul. O que a CBF pensa sim em fazer é diminuir o tempo da disputa. Atualmente, são 18 partidas em turno e returno.

Como quase todos os jogadores da Seleção atuam na Europa, o desgaste é imenso com as viagens. E ainda enfrenta-se o sempre escasso tempo de preparação. Mas não há ainda um projeto definido para resolver esse problema. Mas existem algumas opções. Uma delas é oficializar a competição em turno único. Dessa forma seria apenas um ano de disputa ajudaria.

A outra opção, mantendo as 18 partidas, seria tentar reunir o elenco para até três jogos seguidos, o que aumentaria o período do grupo junto, mas encurtaria a quantidade de convocações. Para isso, entretanto, é preciso aval da Fifa, sobretudo para que os clubes europeus aceitem liberar seus jogadores por tempos mais longos, como 12 ou 15 dias. Eles ganhariam na redução das convocações anuais.

Há ainda uma terceira força nessa iniciativa: o interesse da televisão. A Rede Globo, que detém os direitos de transmissões dos jogos da Seleção Brasileira, é uma das mais interessadas em manter o atual sistema de disputa, com quase um jogo por mês durante dois anos. E certamente a emissora fará valer seus direitos numa mesa de negociação.

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