Carla garante que namoro com Ubiratan era sólido

A advogada Carla Cepollina divulgou ontem um novo comunicado, desta vez atacando os filhos do coronel Ubiratan Guimarães, assassinado no sábado. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ontem, Rodrigo, Diogo e Fabrício Guimarães declararam que o coronel e Carla não eram mais namorados há meses. ‘Eu apresento provas: fatos, fotos, depoimentos, lugares e notas fiscais que atestam que meu relacionamento com o Ubiratan era sólido e constante’, afirmou a advogada. Os rapazes, segundo a carta de Carla, ‘declaram inverdades e citam bordões que falam de ‘abóboras’ nos jornais; quero crer que talvez na ânsia de achar um culpado’.

Procurado pela reportagem, o advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione, preferiu não comentar o conteúdo da carta. ‘Para mim, ela só existe dentro do inquérito policial. Só a vejo como suspeita de um homicídio’, declarou.

As investigações prosseguiram no fim de semana. Anteontem, técnicos do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foram ao interior recolher um projétil usado por Ubiratan e compará-lo com o que matou o coronel. Ele tinha o costume de comprar munição especial, fabricada conforme seu gosto. ‘Indicamos uma espécie de sítio em Pinhal, com um coqueiro onde foram dados tiros de prova’, disse Cascione.

A hipótese da polícia é que o coronel foi morto com um revólver calibre 38 dele, que desapareceu no dia do crime. Além da comparação dos projéteis, faltam à conclusão da investigação o resultado das perícias da toalha que ele usava quando morreu, de outra toalha manchada de sangue encontrada no banheiro do apartamento dele, das roupas que Carla usou na noite do crime e de copos, entre outros objetos. Também são importantes os dados obtidos a partir da quebra do sigilo telefônico de Ubiratan, Carla e mais seis pessoas.

Investigadores ainda procuram informações sobre uma suposta amante do coronel, que teria se mudado recentemente do prédio dele. Embora ela não seja considerada suspeita, a polícia não quer concluir o inquérito antes de ouvi-la e documentar seus álibis.

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