Carla Cepollina é indiciada pela morte de Ubiratan

A advogada Carla Prinzivalli Cepollina, de 40 anos, foi indiciada pelo assassinato do coronel da Polícia Militar e deputado estadual, Ubiratan Guimarães, no dia 9 de setembro, no apartamento em que ele morava, nos Jardins, na zona sul de São Paulo. De acordo com informações da reportagem da Rádio Eldorado AM, até o começo da noite Carla ainda prestava depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Carla chegou no DHPP por volta das 14h30 acompanhada pela mãe, a também advogada Liliana Prinzivalli, e de seu advogado Antônio Carlos Carvalho Pinto, em um Santana branco, com vidros escuros, escoltada pela polícia, segundo a reportagem da Rádio Eldorado AM.

O Instituto de Criminalística (IC) ainda analisa as roupas que Carla usou no dia do crime, os copos, toalhas e as imagens do circuito interno de TV do apartamento de Carla. Nesta quarta-feira (27) foi divulgado que o exame residuográfico feito no coronel Ubiratan deram negativos, ou seja, não apresentaram resíduos de pólvora nas mãos dele.

O promotor Luiz Fernando Vaggione, que acompanha as investigações do assassinato, afirmou nesta quarta-feira que vai apresentar denúncia contra Carla por homicídio doloso. "Ela é a assassina do coronel", declarou. Segundo ele, após a conclusão do inquérito policial, o Ministério Público poderá oferecer a denúncia em aproximadamente dez dias.

Vaggione disse que Carla ocultou provas do crime assim que o corpo de Ubiratan foi encontrado. Uma das provas seria uma blusa de cor clara, que a advogada teria usado no dia do crime. À polícia ela entregou uma blusa escura, de acordo com o promotor.

Confissão

Ao sair de seu apartamento no Campo Belo, zona sul, Liliana disse que sua filha não vai confessar o crime. Ela também criticou o trabalho de investigação do DHPP e falou que vai mandar o caso para fora do país e até para Organização das Nações Unidas (ONU). Ao ser questionada sobre as declarações da empregada que contou à polícia que viu uma manhas vermelhas numa calça e numa blusa de Carla, ela ressaltou que trata-se de molho de tomate.

O advogado Antônio Carlos Carvalho Pinto afirmou que sua cliente deverá aguardar o julgamento em liberdade. Ele disse que é até capaz de entender o indiciamento, mas considera uma ´medida prematura´. "O DHPP devia ser mais prudente, mais cauteloso", declarou.

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