Candidato tucano aceita exigências do PDT para apoio no segundo turno

O candidato da coligação PSDB-PFL à Presidência da República, Geraldo Alckmin, confirmou nesta quarta-feira (11) que assinou a carta programática elaborada pelo PDT com compromissos de campanha, especialmente na área de educação, em troca de apoio do partido no segundo turno das eleições. "O PDT vai ter uma reunião na segunda-feira e nós vamos aguardar a decisão do partido, mas estamos otimistas com relação a este apoio", afirmou o candidato.

Em carta divulgada nesta quarta-feira no site do PDT, Alckmin prometeu não só preservar os direitos trabalhistas, como estendê-los aos 40 milhões de participantes do mercado informal. Ele também reiterou que manterá sob controle estatal e estimulará os papéis estratégicos da Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios e assumiu o compromisso de dar ênfase total à educação. Segundo os dirigentes do PDT, o PT também recebeu idêntico documento, mas ainda não respondeu. A decisão sobre quem apoiar no segundo turno será tomada na próxima segunda-feira em reunião do Diretório Nacional do PDT no Rio de Janeiro.

Depois de garantir que "nenhum brasileiro perderá os direitos e as proteções que possui", Alckmin promete avançar, anunciando que os brasileiros que hoje estão à margem da Previdência Social passarão a ser protegidos. "Queremos estender direitos aos 40 milhões de trabalhadores informais. Queremos proteger os que ficam doentes e não têm uma licença remunerada para tratar da saúde; os que envelhecem e não contam com uma aposentadoria; e que, quando morrem, nada deixam para sua companheira ou companheiro. Essas e outras proteções fundamentais serão estendidas paulatinamente a quem trabalha desamparado no mercado informal.

O candidato do PSDB argumenta que a Previdência Social é, para a maioria da população, a única proteção nos momentos de maiores dificuldades, porto seguro nas idades avançadas e um dos raros instrumentos de distribuição de renda no Brasil. E enfatiza dizer com clareza, no seu Programa de Governo, que "iremos preservar direitos adquiridos, como idade mínima para se aposentar e a indexação do piso dos benefícios da Previdência Social ao salário mínimo.

Alckmin afirma que vai promover incentivo ao trabalho e à contribuição previdenciária,"de forma a atrair todos os trabalhadores para a Previdência", ponderando que atualmente Hoje apenas 42% deles contribuem para a seguridade social oficial. "Somente o crescimento econômico acelerado – muito superior aos medíocres 2,3% registrados no ano passado e que não serão muito maiores em 2006 – e novos mecanismos de inclusão no regime previdenciário poderão resolver o problema de desequilíbrio entre receitas e despesas da Previdência. Precisamos tirar os trabalhadores da informalidade e simplificar os processos de legalização de micros e pequenas empresas, responsáveis pela maioria dos empregos gerados no País", sustenta.

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