Campanha pretende orientar prevenção antiaids para 7 milhões de crianças

Brasília ? Levar informações sobre prevenção do HIV a cerca de 7 milhões de crianças de escolas de ensino médio de todo o Brasil. Esse é um dos objetivos da campanha "Unidos com as Crianças e os Adolescentes. Unidos Vamos Vencer a Aids!", lançada hoje (22), no Brasil. A iniciativa no país é uma parceria do Programa Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Os estudantes vão receber informações e interagir com a campanha respondendo a questionários para avaliar a vulnerabilidade à epidemia. O objetivo é mostrar aos jovens que eles têm a oportunidade e a responsabilidade de se proteger e proteger seus parceiros da epidemia. "Os adolescentes têm que ser informados, e aqueles que têm vida sexual ativa têm que ter acesso a preservativos", avalia o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Segundo ele, a idéia é começar prevenção cada vez mais cedo. "A partir do próximo ano, a abordagem vai se feita para crianças a partir de seis anos de idade. Não abordando sexualidade de imediato, mas buscando conceito em relação a meio ambiente, saúde, hábitos saudáveis, drogas, medicamentos e pouco a pouco, na medida em que haja demanda, em relação a sexo", afirma Chequer.

Dados do relatório mundial sobre a situação da epidemia em 2005, divulgado no último dia (21) pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que as informações sobre transmissão de aids ainda são escassas entre os jovens brasileiros. Ao serem questionados, apenas 62% dos jovens entre 15 e 24 anos souberam responder como se transmite o HIV. Atualmente 21 mil crianças e adolescentes de até 19 anos vivem com o vírus no Brasil.

Mundialmente a campanha foi lançada em outubro, em Nova Iorque. No Brasil são quatro as linhas de ação. Além do programa de prevenção nas escolas, as demais ações visam garantir, até 2008, o fim da chamada transmissão vertical ? que é a contaminação do bebê pelo vírus e as demais estão relacionadas a cooperação entre países Sul-Sul para ampliar o acesso aos medicamentos anti-retrovirais, ao teste rápido do HIV para gestantes e ao treinamento de profissionais de saúde.

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