Caixa vai investir este ano R$ 22 bilhões em programas habitacionais

A Caixa Econômica Federal vai investir este ano R$ 22 bilhões em programas habitacionais, sendo R$ 10 bilhões em recursos próprios, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e R$12 bilhões em parceria com a iniciativa privada, com recursos da caderneta de poupança. O anúncio oficial será feito na próxima segunda-feira (10), mas a informação foi dada hoje pelo presidente da Caixa, Jorge Matoso, durante cerimônia de divulgação das 28 instituições beneficiadas com o Programa de Adoção de Entidades Culturais da instituição.

O programa Carta de Crédito Associativo em Condições Especiais-Imóvel na Planta a Preço de Custo será voltado para famílias com renda de até seis salários mínimos, o equivalente a R$ 1.560, uma vez que é nessa faixa salarial que estão concentrados 92% do déficit habitacional no país. O novo programa de financiamento vai oferecer condições especiais aos mutuários. Os juros foram reduzidos de 8,16% para 6% ao ano + TR (Taxa Referencial de Juros), com prazo máximo de 20 anos para pagar.

Durante a construção o mutuário vai pagar apenas os juros e encargos de mora. O financiamento só começará a ser pago quando o imóvel estiver pronto. O valor do empréstimo é de R$ 35 mil, mas o imóvel pode valer até R$ 72 mil. Os projetos habitacionais devem ser apresentados à Caixa por representantes de condomínios, sindicatos, cooperativas, associações e pessoas jurídicas voltadas à produção habitacional. Também poderão apresentar projetos os poderes públicos dos estados, municípios e Distrito Federal e os órgãos da administração direta ou indireta que tenham no seu estatuto ou razão social a atribuição de produzir unidades habitacionais.

"A Caixa está se preparando para uma maior concorrência, uma maior disputa que, necessariamente, ocorrerá em 2005", disse Jorge Mattoso. Ele acredita que o novo programa habitacional ajudará a alavancar o setor da construção civil e diminuir o déficit de moradias, que atinge 83% de famílias que ganham até três salários mínimos. Segundo o presidente da Caixa, a liberação de mais recursos vai exigir dos outros bancos uma redução maior das taxas e a ampliação dos prazos.

Jorge Matoso mostrou-se otimista quanto à geração de empregos na construção civil, que, no ano passado, voltou a crescer, oferecendo mais de 100 mil empregos formais, além dos informais. "Estamos seguros de que, em 2005, a tendência de crescimento deve prosseguir. Considerando-se esses recursos disponibilizados, o potencial da construção civil é muito grande na geração de empregos", ressaltou Matoso.

Voltar ao topo