Viana diz que cassação de Renan não deve ser tratada como tese partidária

Brasília – O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), defendeu nesta segunda-feira (19) que a votação do processo de cassação do presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não deve ser tratado "como uma tese partidária ou política, mas como uma questão de consciência".

Perguntado se o ideal não seria resolver o caso Renan antes da votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Tião Viana disse que "alguma exigência sobre a condenação ou não do senador Renan Calheiros deve envolver a discussão da renúncia".

O senador reconheceu que não há como evitar a possibilidade da oposição entrar em novo processo de obstrução por conta de um ?suposto acordo? com a base do governo para absolver Renan Calheiros. "Não se tem como modificar esse tipo de possibilidade", disse.

Tião Viana atribuiu ao voto secreto a possível paralisia no processo de votação do Senado por causa de uma eventual obstrução do PSDB e do DEM. Ele lembrou que dias antes da votação em Plenário do primeiro processo de cassação do presidente licenciado, a imprensa publicou "como número oficial" votos que dariam para cassar Renan Calheiros. Ao abrir o painel, no entanto, foi verificado outro resultado.

"Esta instabilidade do que se diz, do que se intenciona, para votar uma matéria desta natureza, que aparece em Plenário, tem que ser tratada com naturalidade porque o voto não é aberto, infelizmente", afirmou o presidente interino do Senado.

Segundo Tião Viana, está mantida para quinta-feira (22) a votação do segundo processo de cassação de Renan Calheiros, a menos que haja algum atraso na tramitação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que deve ocorrer na quarta-feira (21).

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