Vacinação de grávida contra gripe A está abaixo da meta

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse hoje que “aparentemente ainda existe certa resistência” de mulheres grávidas à vacinação contra o vírus da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. Foram vacinadas até agora 1,9 milhão de gestantes, o que representa uma cobertura de 63% para o grupo. A meta do governo é imunizar pelo menos 80% até o dia 21.

“Grande parte das mortes por essa nova gripe, tanto no ano passado como este ano, ocorreu entre mulheres grávidas. É importante que as mulheres saibam que essa vacina não traz nenhum risco para elas nem para a saúde do bebê. É a única maneira de se proteger contra essa doença”, disse o ministro.

Ele atribuiu o resultado para esse grupo a “ruídos e lendas urbanas”. “No começo da campanha teve muita coisa circulando na internet dizendo que a vacina fazia mal. Nada disso é verdade.” Temporão afirmou que é necessário “acelerar e insistir na importância” da vacinação de mulheres grávidas. “Ainda estamos muito abaixo da meta que queremos alcançar.” As grávidas – em qualquer fase da gestação – devem procurar um dos 36 mil postos e centros de saúde do País. O prazo de vacinação para este grupo vai até o dia 21.

No caso dos trabalhadores de saúde e das crianças menores de 2 anos, a cobertura chegou a 100%, segundo o ministério. A meta também foi oficialmente alcançada entre os doentes crônicos de todas as faixas etárias, com 14,4 milhões de vacinados (82%). Já no grupo dos jovens de 20 a 29 anos, foram vacinados 24,5 milhões, ou 69%, marca ainda abaixo da meta. A quinta etapa da campanha, destinada à população de 30 a 39 anos, vai começar na segunda-feira. Estima-se que 30 milhões deverão ser vacinados nesta faixa.

Prorrogação

Temporão reconheceu a eventual necessidade de prorrogar a vacinação em alguns Estados a fim de conseguir atingir a meta de imunizar 80% do público-alvo. O total, que hoje está em 47,5 milhões de pessoas, chegaria a 91 milhões até o dia 21, segundo a previsão oficial.

A prorrogação vai depender do resultado de um novo balanço nacional. No caso do Rio, porém, onde foi registrada a mais baixa cobertura entre adultos de 20 a 29 anos, já está definido que haverá prorrogação. “Tivemos infelizmente a tragédia das chuvas, que atrapalhou muito, e duas semanas com feriados prolongados. Isso evidentemente comprometeu. Vamos prorrogar a vacinação no Rio para atingir a meta”, disse o ministro.

Paralelamente à imunização contra H1N1, começa no sábado – e vai até o dia 21 – a 12.ª edição da Campanha Nacional de Vacinação do Idoso contra a gripe comum nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Sul, essa campanha havia começado em 24 de abril e termina este fim de semana.

A divisão do calendário, nesse caso, foi motivada pelo atraso na entrega de vacinas pelo Instituto Butantã, informou o ministério. Os idosos portadores de doenças crônicas também devem ser imunizados contra a gripe H1N1, e, nesse caso, o prazo termina no sábado, o que significa que receberão a dose contra a gripe comum em um braço, e contra a H1N1, no outro.

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