Um em cada 4 brasileiros sabe ler

Brasília – O Brasil possui 16 milhões de analfabetos com mais de 15 anos (9% da população), segundo dados do Inaf (Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional), do Instituto Paulo Montenegro, que é ligado ao Ibope. Apenas 26% da população com mais de 15 anos têm domínio pleno das habilidades de leitura e escrita. Isso significa que um em cada quatro jovens e adultos consegue compreender totalmente as informações contidas em um texto e relacioná-las com outros dados.

O restante são os chamados analfabetos funcionais, que “mal conseguem identificar enunciados simples, sendo incapazes de interpretar texto mais longo ou com alguma complexidade”, aponta o Inaf. Porém, de acordo com a pesquisa “Retratos da Leitura no Brasil”, 67% dos brasileiros têm interesse pela leitura. O Plano Nacional do Livro, Leitura e Biblioteca – Fome de Livro, do governo federal, considera que as pessoas têm vontade de ler e para estimular o hábito, agirá em várias frentes.

Uma delas é zerar o número de cidades brasileiras sem uma biblioteca. A outra é criar uma política federal centralizada para aumentar a leitura. A democratização do acesso ao livro se dará por meio das bibliotecas públicas, da revitalização das 5 mil bibliotecas existentes, construção de acervos básicos infanto-juvenis, proliferação de centros de inclusão digital, livrarias e realização de campanhas de distribuição de livros.

O terceiro eixo, o fomento à leitura, será desenvolvido por meio da formação de 100 mil mediadores, pessoas como professores e bibliotecários que, no dia-a-dia, vão procurar formas de estimular a leitura. “Eles têm que estar preparados para desenvolver formas de fomentar a leitura, sugerir livros ou mostrar outros livros daquele autor”, afirma o coordenador do plano, Galeno Amorim.

Outra frente, a valorização do livro, deverá ser estimulada com campanhas nos meios de comunicação: “2005 é o Ano Ibero-americano da Leitura e, neste período, campanhas em rádio e televisão serão desenvolvidas em 20 países”, disse o coordenador.

Por outro lado, segundo o Pnad: só 2,8% das crianças de 7 a 14 anos não estavam na escola em 2003. Em 1993, 11,4% das crianças de 7 a 14 anos não freqüentavam a escola.

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