Trio espalha placas para identificar as ‘praias’ da capital de SP

Um trio de publicitários se uniu para fazer uma provocação saudável aos paulistas: praia de paulista não é mais o shopping. Os criadores do projeto #PraiaDePaulista desenharam ondas – representando o mar – e um guarda-sol, imprimiram placas com o símbolo e começaram a espalhá-las em São Paulo. A ideia ganhou seis espaços públicos da capital para provar que praia de paulista pode ser: qualquer rua.

As placas indicam onde as pessoas podem tomar sol como se estivessem na areia da praia. O Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, a Praça Benedito Calixto, a Praça da República, o Beco do Batman, a Avenida Paulista e o Largo da Batata já ganharam as intervenções. As placas começaram a ser colocadas no último dia 19.

Como parte da brincadeira, a cor marrom, a fonte, o formato retangular e as bordas brancas podem ser confundidas com placas de sinalização ou de trânsito oficiais.

Segundo Caio Andrade, de 28 anos, um dos idealizadores do projeto, a ideia é estimular a ocupação de espaços públicos da cidade. “Nossa intenção é que as pessoas vejam as placas e consigam ter o mesmo sentimento que teriam na praia”, explica o publicitário.

No próximo final de semana, devem receber as placas a Praça Roosevelt, o Parque Augusta e a Avenida Paulista novamente, caso a Prefeitura de São Paulo decida pela abertura da via para pedestres e ciclistas. Os interessados em contribuir com a ideia podem sugerir lugares para receber as placas no site. http://www.praiadepaulista.org/.

Em alguns locais, como o Beco do Batman, o Minhocão e a Paulista, já não há mais placa. “Se tirarem a placa, a gente coloca de novo. Sem problemas. Vamos atrás de onde tiver gente”, disse Andrade.

O publicitário comemora, inclusive, os casos em que as placas são retiradas dos locais e as pessoas coletam para tirar fotografias. “É fita adesiva. Não danifica”.

Andrade conta que o trio tem sido bastante consultado sobre a venda das placas. Alguns seguidores chegaram a fazer canecas e camisetas com a imagem.

“O arquivo está aberto gratuitamente no site. Quem quiser pode pegar e reproduzir como e onde quiser. Por enquanto a nossa ideia não é vender, mas peço que mandem e-mail quem quiser ter as placas. Se juntarmos fica mais barato porque vai ter mais gente”, afirmou Andrade.

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