Brasília – O governador de São Paulo José Serra (PSDB) lidera a corrida para presidente da República em 2010, com 12,8% das intenções de votos espontâneas, em pesquisa feita pela CNT/Sensus. A pesquisa atual foi feita de 8 a 12 de outubro.
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aparece em segundo com 11,6%. Os dois foram candidatos a presidente contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra em 2002 e Alckmin em 2006. O governador mineiro Aécio Neves (PSDB) aparece em terceiro com 9,8%. Em quarto lugar aparece o deputado federal Ciro Gomes (PSB), com 9,4%.
O resultado da pesquisa levou o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), presidente nacional do Democratas (DEM) a comentar que a oposição tem hoje ?dois, três grandes nomes? para a corrida presidencial de 2010. Maia assegurou que caso o partido decida por uma aliança com os tucanos em 2010, abrindo mão de encabeçar a chapa, não haverá nenhuma restrição ao nome de Serra, Alckmin e Aécio.
A pesquisa também apontou a queda na aprovação ao governo em 1 ponto porcentual. A aprovação passou de 47,5% para 46,5%. A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva caiu de 64% para 61,2%. A pesquisa anterior é de junho.
A consulta também revelou uma queda no índice de pessoas favoráveis à reeleição. De acordo com o levantamento, 57,4% dos entrevistados manifestaram-se favoráveis à reeleição. Em abril de 2006, última vez em que a pergunta foi feita, 65,4% disseram ser favoráveis à reeleição. O porcentual de pessoas contrárias à reeleição subiu de 28,2% para 38,2%. ?O índice de apoio à reeleição cai, mas permanece positivo?, disse o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.
A pesquisa apontou que 45,7% dos entrevistados opinaram que o presidente deveria ser eleito por apenas um mandato, enquanto 36,8% disseram que o presidente deveria ser eleito para um mandato com direito à reeleição para mais um mandato; 12,3% manifestaram-se favoráveis à reeleição para mais dois períodos, totalizando três mandatos.
A pesquisa mostrou ainda que a maioria dos entrevistados defende o voto facultativo. Conforme os dados divulgados hoje, 58,9% manifestaram-se favoráveis ao voto facultativo e 38,4% defenderam o voto obrigatório. Em maio de 2005, última vez em que foi colocada a questão do voto obrigatório, 56,4% manifestaram-se favoráveis ao voto facultativo e 40,9% opinaram pelo voto obrigatório. Na hipótese de voto facultativo, 58,1% disseram que exerceriam o direito de voto, enquanto 27,9% afirmaram que não votariam.
Segundo a pesquisa, 54,2% dos entrevistados aprovaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de impor a fidelidade partidária, e 30,7% se disseram contrários. Em outra simulação da pesquisa, 48,7% disseram que o mandato do candidato eleito deve pertencer ao político, e 38,3% afirmaram que deve pertencer ao partido político. O presidente da CNT, Clésio Andrade, afirmou que não há contradição entre os resultados das duas simulações. ?O que a pesquisa mostra é que você vota no candidato, mas não quer que ele mude de partido?, disse Andrade.
