Tremores são comuns no Ceará, explica sismólogo

Os tremores que assustaram a população de uma localidade no interior do Ceará na madrugada de nesta sexta-feira (29) são mais comuns do que o imaginado, de acordo com a Defesa Civil. Segundo explicação do chefe do Laboratório de Sismologia da Defesa Civil do Estado do Ceará, Francisco das Chagas Brandão Melo, "são comuns os tremores no Ceará, principalmente no norte e leste do Estado. Trinta e dois municípios já apresentaram atividades sísmicas", disse. O sismólogo lembrou que a cidade de Pacajus registrou, em 20 de novembro de 1980, um tremor de intensidade 5,2, considerado o de maior intensidade já registrado no Nordeste.

O território brasileiro está situado no centro da placa tectônica sul-americana. São placas como essa que, quando movimentadas, causam os tremores, que podem ter uma magnitude maior ou menor. Nesta madrugada, o tremor de maior intensidade chegou a 3,9 na escala Richter. De acordo com Brandão, os tremores acontecem em função da movimentação das placas tectônicas que acabam formando as falhas geológicas.

Nas bordas dessas placas, os tremores geralmente são de maior intensidade, ao contrário do centro das placas, onde ocorrem tremores de menor magnitude, explica. Ainda segundo ele, após a separação da Pangéia – nome dado ao conjunto de todos os continentes que conhecemos, quando ainda estavam juntos, até 200 milhões de anos atrás, durante a era Mesozóica -, de 12 a 15 placas tectônicas foram formadas.

Voltar ao topo