Tizzot critica os aditivos nos contratos de pedágio

O governador Roberto Requião e o diretor-geral do DER, Rogério Tizzot, fizeram ontem fortes críticas com relação aos termos aditivos aos contratos de pedágio assinados pelo governo anterior e as seis empresas que gerenciam 2,5 mil km de rodovias no Paraná. "É essencial lembrar que muito do que se critica no sistema de concessão adotado no Paraná vem de acordos e pactos firmados no governo passado, como os termos aditivos que modificaram cálculos, aumentaram tarifas e postergaram, além de obras importantes, a recuperação de centenas de quilômetros de rodovias", afirmou Tizzot.

De acordo com Tizzot, o processo de concessões no Paraná iniciou mal elaborado, privilegiando os interesses privados em detrimento da economia e da população do Estado. "O sistema que já tinha problemas na origem foi completamente deturpado com a inserção de aditivos, que incluíram degraus tarifários, postergaram obras e retiraram diversas obrigações das concessionárias", explica, referindo-se aos aditivos dos contratos firmados, após a eleição de 1998, entre o governo Lerner e as concessionárias.

Pouco antes da eleição, acrescentou, o governo Lerner reduziu, unilateralmente, em 50% as tarifas praticadas pelas concessionárias e logo depois congelou os valores por 18 meses. Após a reeleição garantida, o governo passado acrescentou dois aditivos que recompuseram a tarifa em 100% e ainda retiraram 487 km de novas obras de construção.

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