Termina interrogatório de João Paulo Cunha

Durou cerca de duas horas e meia o interrogatório do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. João Paulo é um dos 40 réus da ação penal aberta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para investigar o esquema do mensalão. No interrogatório, o deputado negou seu envolvimento no esquema e disse que os R$ 50 mil que recebeu do empresário Marcos Valério era para o pagamento de uma pesquisa eleitoral em quatro municípios de São Paulo.

João Paulo disse que a informação que dispunha era de que esse dinheiro vinha do diretório do PT em São Paulo e não de Marcos Valério. Ele afirmou ainda que não identificou nenhuma irregularidade na operação, tanto que pediu à sua esposa que fosse à agência do Banco Rural para sacar esse dinheiro. "Considero um absurdo essas denúncias, visto que a prova mais cabal da correção da condução da presidência da Câmara foi a minha absolvição em plenário e, posteriormente, por ter sido deputado mais bem votado do PT de São Paulo", afirmou João Paulo ainda no interrogatório.

Ao deixar o prédio do tribunal, João Paulo disse que agora "está se restabelecendo a verdade". À juíza Maria de Fátima Costa, o deputado negou que tenha recebido recursos de contratos firmados pela Câmara e a SMPB no valor inicial de R$ 9 milhões. Esse dinheiro, de acordo com a denúncia do Ministério Público, teria sido repassado por um assessor para o deputado. À tarde, a juíza interrogará o ex-presidente do PT, José Genoino.

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