Tarso diz que caso Petrobras foi crime comum

Os ministros da Justiça, Tarso Genro, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Felix anunciaram nesta segunda-feira (03) a conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF), que investigou o furto de computadores com informações estratégicas da Petrobras. As investigações foram realizadas em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Os dois ministérios divulgaram nota oficial na qual informam que o roubo foi praticado por criminosos comuns, que não tinham conhecimento do valor das informações contidas nos computadores e que roubaram apenas para vender os equipamentos. Os dois ministros alegam também que apesar de ter sido crime comum, o fato se reveste de gravidade, porque os bandidos tiveram acesso, mesmo que voluntariamente, com relativa facilidade, de materiais estratégicos. "O fato de que a apropriação foi feita por delinqüentes comuns não muda o caráter de uma questão de Estado, pois a debilidade na guarda de materiais e documentos poderia ser aproveitada por pessoas especializadas, com outras finalidades", afirma a nota.

Em entrevista, Tarso Genro informou que a colaboração entre a Abin e a PF foi positiva, importante e continuará como norma daqui por diante, tanto no que se refere à Petrobras, como em relação a informações estratégicas de outras estatais e também do setor privado. O general Felix acrescentou que através da Abin será proposto um conjunto de recomendações para resguardar os interesses de Estado a serem seguidas pela Petrobras, a fim de que o fato não se repita.

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