Supremo adia decisão sobre dono da Gautama

Brasília – O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, pediu ontem mais informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a prisão do dono da Construtora Gautama, Zuleido Veras, suspeito de comandar esquema de fraudes em licitações públicas. Somente depois que receber essas informações é que Mendes deverá decidir sobre o pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Veras com o objetivo de livrá-lo da prisão.

O ministro, relator do caso, considerou que o processo não estava devidamente instruído e decidiu aguardar as informações do STF para analisar o pedido de revogação da prisão. Assim, Zuleido fica na carceragem da Polícia Federal até a análise do pedido de liminar.

O empreiteiro está preso há dez dias na Superintendência da PF em Brasília. No sábado, esteve no STJ com a ministra Eliana Calmon, a relatora do inquérito sobre as supostas irregularidades nas licitações e autora da decisão que determinou as prisões. Mas o empreiteiro não quis falar sobre as acusações da Polícia Federal sobre fraudes em licitações. Por causa dessa recusa, foi mantido preso na carceragem da Polícia Federal.

Liberados

O vice do STF tem atendido a grande parte dos pedidos de libertação de presos na Operação Navalha. Foram beneficiados por decisões de Mendes o ex-procurador-geral do Maranhão, Ulisses César Martins de Sousa, o empresário José Edson Vasconcellos Fontenelle, o prefeito de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano, o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Carneiro Tavares, o presidente do Banco de Brasília, Roberto Figueiredo Guimarães, o secretário de Infra-Estrutura de Alagoas, Márcio Fidelson Menezes Gomes, entre outros.

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