Substituição de cédulas em má conservação ainda gera muito gasto, diz BC

Brasília – O Brasil gastou, em 2007, R$ 140 milhões na substituição de cédulas de dinheiro e R$ 40 milhões na fabricação de novas cédulas, segundo a pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgada nesta quarta-feira (12) pelo chefe do Departamento do Meio Circulante do Banco Central, João Sidney de Figueiredo Filho.

O uso da moeda no país, em termos reais, aumentou muito nos últimos 14 anos, passando de R$ 10 bilhões em 1994, quando foi implantado o Plano Real, para quase R$ 93 bilhões até o momento. ?Estamos atingindo patamares que se aproximam dos patamares europeu e americano de proporção de dinheiro sobre o Produto Interno Bruto (PIB). Sem dúvida esses são sinais de que o brasileiro está tendendo a usar mais a moeda, proporcionalmente?, explicou Figueiredo Filho.

Segundo o economista, atualmente o valor de moeda circulante representa 3,7% do PIB, contra uma média de 6,5% na União Européia. No entanto, ele alerta para que os brasileiros cuidem melhor do dinheiro.

?A substituição de notas desgastadas é um aspecto que pode melhorar e reduzir a despesa pública. Se as pessoas cuidam mais do dinheiro, certamente ele dura mais e não precisa-se substituir tanto?, recomendou.

Figueiredo Filho também ressaltou a importância de a população usar as moedas nas suas despesas. ?Se as pessoas tiram as moedinhas das gavetas, dos cofrinhos, e as colocam em circulação, não é preciso colocar mais novas moedas em circulação?, disse.

Ele adiantou que ao longo de 2008 serão colocadas em circulação mais 400 milhões de moedas de R$ 1, aumentando o número total para cerca 1,3 bilhão de moedas desse valor em poder do público.

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