Sistema usado nas urnas eletrônicas reduz custos em cerca de R$ 4 milhões

Brasília – A utilização do sistema operacional Linux nas urnas eletrônicas proporcionará mais transparência ao processo e, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma economia de cerca de R$ 4 milhões nas eleições municipais deste ano.

Por ser um software livre, o governo não terá gastos com propriedade intelectual e direito autoral, o que elevava o valor das urnas eletrônicas, já com outros sistemas operacionais instalados, em aproximadamente US$ 100 ? hoje, o valor de cada urna é de US$ 850). ?É um sistema aberto, com custo zero para a Justiça Eleitoral?, explicou o diretor geral do TSE, Athaide Fontoura Filho.

Apenas neste ano foram adquiridas 50 mil urnas eletrônicas. Outras 430 mil, usadas nas últimas cinco eleições, também estarão à disposição, todas com o sistema Linux. Segundo Fontoura, a estimativa é de que nos próximos dez anos sejam economizados até R$ 15 milhões com o uso do novo software.

Além da redução de gastos, o diretor geral do TSE informou que a mudança torna mais fácil a auditoria do sistema e mais transparente o uso e aperfeiçoamento dos programas desenvolvidos pela equipe técnica do tribunal. Pela primeira vez, técnicos indicados pelos partidos políticos, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) poderão acompanhar todas as fases de desenvolvimento dos programas de computador utilizados nas eleições.

?O Ministério Público, os partidos políticos e a OAB terão condições, a partir de 180 dias antes das eleições, de propor mudanças na lógica do sistema, o que torna mais transparente o processo e fortalece a democracia", afirmou Fontoura. O acompanhamento e os ?testes de vulnerabilidade? poderão ser feitos na Sala de Apresentação do TSE, de amanhã (5) até que os sistemas sejam lacrados, o que está previsto para o início de setembro.

Outra novidade para as eleições deste ano será o sistema de identificação dos eleitores por meio de impressões digitais, que  será usado em três cidades: Fátima do Sul, em Mato Grosso do Sul; São João Batista, em Santa Catarina; e Colorado d’Oeste, em Rondônia.

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