Simula seqüestro para esconder caso amoroso

São Paulo – Para esconder uma aventura de amor com muita bebida e cocaína e evitar problemas com o marido e a família, Rosimeire Rodrigues da Silva, de 26 anos, inventou um seqüestro seguido de estupro. Enquanto era procurada por uma dezena de policiais, ela passou por bares e um hotel e terminou na casa do traficante Lourenço José da Silva, 28, em Perus, São Paulo.

A verdadeira história foi contada por ela à polícia e à família horas depois de ter sido encontrada, por acaso, por policiais militares. O sobrinho do traficante, Elton da Silva, 19, e o amigo James Rubens dos Santos Mendes, 22, foram presos quando estavam com o carro de Rosimeire. Eles tinham ido a um bar comprar cigarros para ela. O delegado Marcos Moura, do 46º DP, de Perus, indiciou Rosimeire por crime de denunciação caluniosa. Ela vai responder ao processo em liberdade e poderá ser condenada de 2 a 8 anos de prisão.

História

Na noite de sábado, a mulher, que mora na cidade de Pchoftland, na Suíça, e chegou ao Brasil em dezembro com o marido, o caminhoneiro suíço Pierre Haflinger, para as festas de fim de ano, decidiu sair sozinha com o carro da mãe. Foi para um bar na Vila Buarque, onde conheceu Silva. Os dois beberam, foram para outros bares e para um hotel onde cheiraram cocaína. No fim da madrugada, Rosimeire, que perdeu o celular, voltou com o traficante aos bares na tentativa de encontrar o aparelho e depois resolveu dar “carona” para Silva até o Jardim Russo, onde ele mora. “Ela resolveu ficar e cheirar mais cocaína”, disse o delegado. “Apagou e quando acordou, à tarde, mandou buscar cigarros. Pouco depois os policiais militares entraram na casa.”

Na delegacia, Rosimeire chorou e inventou o seqüestro. Para reforçar a história, disse que foi estuprada e obrigada a cheirar cocaína. O sobrinho de Silva e o amigo foram autuados. “O delegado de plantão estava atarefado e acreditou na história dela. Quando cheguei, pela manhã, conversei com ela e percebi que tudo não passara de uma grande mentira. Falei com a juíza corregedora para relaxar a prisão dos dois, que são inocentes”, explicou.

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